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Encerramento da SUCH no Fundão pode levar 25 pessoas ao desemprego
“No dia 29 de maio, chega aqui alguém da administração e diz, individualmente, que a empresa não era viável, porque com a questão do Covid, não se justificava estar aberta. Eu pergunto porquê? se os hospitais não deixaram de trabalhar, continuam a mandar roupa, inclusive, na altura do Covid, foi pedido horas extraordinárias, pedido as 12 horas de trabalho, foi-nos dito que éramos profissionais de saúde e estávamos na linha da frente, e agora querem pôr-nos na linha detrás”, explicou a delegada sindical Sílvia Ribeiro à RCB.
Em reunião de plenário na manhã de ontem, dia 9, as trabalhadoras decidiram avançar com a realização de greve a 25 de junho, com deslocações à sede da empresa SUCH em Lisboa e aos ministérios da Saúde e das Finanças. Uma posição que a USCB considera “sensata e unida das trabalhadoras”, perante um “processo de esvaziamento da Lavandaria, transferindo o serviço para outra unidade da empresa na região de Lisboa”.
O dirigente sindical Afonso Figueiredo,em declarações à RCB, do Sindicato dos trabalhadores da indústria de hotelaria, turismo, restaurantes e similares da Região Centro, considera a atuação da empresa uma “imoralidade, desrespeito, desconsideração e não está a cumprir com o papel […] como uma instituição sem fins lucrativos e servir a sociedade em geral”.
No comunicado a USCB alerta ainda para que este problema também diz respeito aos autarcas da Covilhã, Fundão e Castelo branco, cujos hospitais a SUCH serve, “assim como às Comunidades Intermunicipais das Beiras e Serra da Estrela e da Beira Baixa” e ainda aos “Conselhos de Administração do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira e da ULS de Castelo Branco”.
Bloco questiona despedimento de quem esteve na linha da frente do SNS
Através do deputado Moisés Ferreira, o Bloco questionou o governo sobre a situação. De acordo com a pergunta enviada ao Ministério da Saúde, a lavandaria, que serve os hospitais da Covilhã, do Fundão e de Castelo Branco, “possui um volume de trabalho que garante a continuidade da unidade”. Por isso, “não se compreende como é que, em plena pandemia, e a servir três unidades hospitalares, este serviço é abruptamente interrompido”. O serviço aí feito passa a ser assegurado por “uma unidade localizada a mais de 232 km”.
Moisés Ferreira lembra ainda que estas profissionais “estiveram também na linha da frente durante o período mais critico da epidemia e é inaceitável que se atirem para o desemprego quem serviu, e serve, o Serviço Nacional de Saúde”.
Assim, o Bloco pergunta se o governo “está disposto” “a proibir este encerramento, desta forma salvaguardando o emprego destas profissionais”.
Notícia inicial publicada no Interior do Avesso. Acrescentada informação sobre a pergunta do Bloco de Esquerda ao governo.
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