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Egito: "o risco de regresso ao passado"

A realização das recentes eleições presidenciais no Egito foi "uma boa notícia" mas não representa, ao contrário do que previa inicialmente, a "concretização do processo de transição para a democracia", lembrou Marisa Matias no plenário do Parlamento Europeu.
Marisa Matias intervém sobre a situação do Egito após as eleições presidenciais.

A eurodeputada do GUE/NGL eleita pelo Bloco de Esquerda realçou durante o debate sobre o Egito na presença da Alta Comissária para os Assuntos Externos, Catherine Ashton, que a dissolução do Parlamento alguns dias antes das eleições presidenciais "coloca vários riscos em cima da mesa".

Neste momento, lembrou, o Conselho Superior das Forças Armadas continua a concentrar muitos poderes: "poder legislativo, reduziu os poderes presidenciais, tem nas mãos as mudanças da Constituição", disse.

Por isso Marisa Matias considera que os egípcios continuam a viver "o risco de um regresso ao passado por falta de um poder fundamental, que é o de um Parlamento democraticamente eleito".

O processo está nas mãos dos egípcios, disse a eurodeputada, "mas nós, europeus, devemos estar ao lado das mudanças que reponham a legitimidade democrática e um Parlamento democraticamente eleito".


Publicado no portal do Bloco no Parlamento Europeu.

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