Na Solidariedade Imigrante - Associação para a defesa dos direitos dos imigrantes, onde encontrou pessoas que procuravam tratar da sua regularização e ter condições para viver em Portugal, Mariana Mortágua afirmou que os imigrantes “são quem garante a economia portuguesa”.
A coordenadora do Bloco defendeu que “Portugal tem o dever de acolher todos os que nos procuram por uma vida melhor” e de reconhecer “todos os seus direitos”.
Dando o exemplo de uma das pessoas com quem falou, Mariana lembrou que foram as “mulheres imigrantes que asseguraram o funcionamento dos lares durante a pandemia”. E que são os e as imigrantes “quem assegura os cuidados, o trabalho doméstico, o trabalho agrícola, as pescas, a construção, o turismo, a restauração”, muitas vezes, “sem condições, em situações de invisibilidade, a ganhar pouquíssimo e sem saber como defenderem os seus direitos e com dificuldades para exercerem os seus deveres”.
Lembrando que os imigrantes contribuem para a Segurança Social com 1.600 milhões de euros, sendo que, por cada euro que recebem, pagam sete à segurança social, e estão a pagar as reformas, a líder bloquista acusou a direita de querer “mais imigrantes clandestinos e explorados, incapazes de fazer valer os seus direitos”.
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Mariana Mortágua repudiou a criminalização da imigração e teceu críticas ao “mar de burocracia e as enormes dificuldades” que os imigrantes encontram para se regularizarem”.
Sobre o posicionamento da direita no que respeita a esta matéria, a coordenadora do Bloco foi clara: “Ouvimos a direita falar sobre perigos da imigração irregular”, mas a realidade é que onde a direita governa, nas autarquias que lidera, “estão a ser criados entraves à regularização dos migrantes”. “Isso diz tudo sobre uma direita que fala dos perigos da imigração irregular e depois quer imigrantes clandestinos e explorados”.
À “desinformação e muita mentira” da direita, às “falsidades atiradas para o debate público”, Mariana contrapõem com um “debate sério, honesto, informado, elevado sobre imigração”. A dirigente bloquista saudou ainda o papel da comunicação social quando desmente argumentos falaciosos da direita, nomeadamente no que respeita à ligação entre insegurança e imigração.
Questionada pelos jornalistas sobre as supostas garantias que André Ventura teria por parte de dirigentes do PSD de que iria governar em coligação com aquele partido, Mariana Mortágua respondeu que "a única notícia relevante e novidade que vi ontem [segunda-feira] sobre o Chega e o partido de André Ventura é a noticia que dá conta que não divulgou ainda a lista de financiadores e que não deu à Entidade das Contas todas as informações que tinha que dar e, portanto, o partido continua em situação irregular ao não dar as informações sobre os financiadores”.
