Dia de greve pelas “vidas negras” nos EUA

20 de julho 2020 - 18:00

O movimento “Strike for Black Lives” junta sindicatos e movimentos em defesa da justiça racial. Esta segunda-feira, está marcada uma greve contra o racismo estrutural e a desigualdade económica.

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Um dos cartazes da Strike for Black Lives.
Um dos cartazes da Strike for Black Lives.

“Strike for Black Lives”, literalmente “greve pelas vidas negras”, é um protesto marcado para esta segunda-feira. Estão confirmadas paralisações ou ações mais simbólicas, como piquetes ou momentos de homenagem às vítimas da violência policial, em mais de vinte e cinco cidades norte-americanas. Ao meio-dia, todos se ajoelharão durante oito minutos e 46 segundos em memória de George Floyd, o afro-americano cujo pescoço foi esmagado pelo joelho de um polícia.

O Movimento pelas Vidas Negras, que junta mais de 150 organizações, nomeadamente organizações de juventude, sindicatos e movimentos em defesa da justiça racial, pretende assim protestar contra o racismo estrutural e a desigualdade económica.

À Associated Press, Ash-Lee Henderson, um dos organizadores do movimento e co-diretor executivo do Highlander Research and Education Center, defende que esta greve “é um momento de acerto de contas com as empresas que desde há muito têm ignorado as preocupações da sua força de trabalho negra e negado-lhe condições de trabalho, salários e cuidados de saúde mais adequados”.

Ao site noticioso Vox, Mary Kay Henry, presidente do Service Employees International Union, um sindicato do setor dos serviços que reivindica ter dois milhões de associados, acrescenta: “em todo o país, as pessoas estão a ganhar uma nova compreensão de que é impossível ganhar justiça económica sem ter justiça racial. A saúde para todos, políticas de imigração justas e ação ousada sobre as alterações climáticas, todas elas exigem justiça racial”. A dirigente sindical pensa que estamos a viver “um momento único e esperançoso” dada a “ampla aceitação e aclamação” que foram encontrando ao apelar a esta greve.

O movimento tem muitas facetas diferentes. Por exemplo, os trabalhadores dos serviços essenciais têm encontrado marcado em Manhattan, à porta do Trump International Hotel, para exigir a aprovação da legislação que daria direito, a quem não pode trabalhar a partir de casa, a equipamento de proteção contra a pandemia entre outros direitos.

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