O maior banco alemão anunciou esta quinta-feira que iria cortar 3.500 empregos, ao mesmo tempo que vai recomprar ações suas e pagar dividendos aos seus acionistas.
A instituição bancária emprega perto de 90.000 pessoas, pelo que o número é equivalente a menos de 4% da sua força de trabalho. Os empregos em causa são em funções de back office.
No total, a recompra e o pagamento de dividendos equivalerá a 1,6 mil milhões de euros a serem gastos na primeira metade de 2024. O banco pagará 0.45 euros por ação a título de dividendos aos seus acionistas para o correspondente ao ano de 2023, o que representa um aumento de 50% face ao ano anterior.
No último trimestre do ano passado, o Deutsche Bank teve uma queda de 30% nos lucros (de 5,03 mil milhões para 4,21 mil milhões), ainda assim acima das expetativas que apontavam para 3.664 mil milhões. Para o futuro, está previsto um aumento dos lucros ao mesmo tempo que a cotação da empresa no mercado financeiro de Frankfurt aumentou 4% logo após estes anúncios.
O Deutsche Bank junta-se assim uma tendência de corte de empregos nos maiores bancos dos EUA e da Europa desde o início do ano. Nos EUA, o Citibank, por exemplo, anunciou que cortará com quase 25.000 empregos até ao final de 2026, o Morgan Stanley 4.800, o Wells Fargo: 12.000, o JP Morgan 1.000, o Bank of America: 4.000 e o Goldman Sachs 3.200. No Reino Unido, o Barclays corta mais de 5.000, Lloyds Banking Group mais de 4.600. No resto da Europa, o UBS/Credit Suisse despede 13.000.