Em comunicado, os descendentes dos sobreviventes do Holocausto, membros do coletivo Jewish Voice for Peace, sublinham que “o governo israelita deixou muito clara a sua intenção de destruir a vida palestiniana em Gaza”.
“Para justificar esta violência horrível, o governo israelita manipulou descaradamente o trauma do Holocausto”, escrevem.
Como descendentes, afirmam-se “indignados” pelo facto de a memória dos seus antepassados estar “a ser usada para justificar o mesmo tipo de horror infligido aos outros”.
“Gritamos contra este ataque genocida: Não em nosso nome! Como descendentes, reconhecemos que o genocídio não torna ninguém mais seguro. Não estamos sozinhos no nosso trauma e temos o dever coletivo de evitar que outros sofram danos semelhantes”, lê-se ainda na nota.
“Em vez de ignorar a lição principal do Holocausto - que Nunca Mais significa nunca mais para qualquer um”, e manipular o seu trauma para “apoiar uma guerra genocida”, escolhem “investir em valores judaicos”.
We, descendants of Holocaust survivors, call on the world on this Holocaust Remembrance Day to join us in working to end the Israeli government’s genocide against the Palestinian people, enabled and supported by the US government. pic.twitter.com/aiO6AMVJ3V
— Jewish Voice for Peace (@jvplive) January 27, 2024
Afirmando que, coletivamente, “determinamos qual será o legado da memória do Holocausto”, os descendentes dos sobreviventes recusam-se a transformar a sua dor em armas e inscrever os nomes dos seus ancestrais nas “faturas de financiamento e nas bombas que são instrumentos de genocídio”.
Em alternativa, optam por “carregar as memórias dos ancestrais em ações que nos unem e nos protegem a todos”.
Para terminar, a palavra de ordem: “Palestina livre!”