A madrugada e manhã da greve geral foi marcada pela adesão massiva à greve por parte dos trabalhadores dos transportes, mas também por confrontos com a política em piquetes dos sindicatos que contaram com reforço popular. Foi assim no caso do piquete da Carris, na Musgueira, e no da Vimeca.
Aviões estão em terra nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro
Na página eletrónica da ANA, Aeroportos de Portugal, todos os voos de partidas e chegadas estão assinalados como "cancelado".
A greve geral levou a TAP a cancelar 121 dos 140 voos programados, disse à Lusa fonte da companhia aérea, indicando que 17 voos foram reprogramados e dois foram definidos como serviços mínimos. No que respeita aos aeroportos, aderiram à paralisação o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), que representa os trabalhadores de assistência em terra nos aeroportos, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo e da Aviação Civil (SNPVAC), que representa os tripulantes de cabine, e a Comissão de Trabalhadores da NAV, empresa de controlo aéreo.
Serviços mínimos da CP não estão a ser cumpridos
As linhas de Sintra, Cascais e Azambuja registavam esta manhã uma adesão à greve de 100 por cento, segundo informações da CGTP.
A Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) disse que os serviços mínimos não estão a ser cumpridos na CP esta quinta-feira, dia de greve geral. A empresa já confirmou essa informação. “A CP está com uma adesão muito elevada”, sendo que durante a madrugada a paralisação foi “quase total” e “os primeiros comboios da manhã não se estão a fazer”, mesmo os que “estavam designados para serviços mínimos”, disse o coordenador da federação, Amável Alves.
O Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) já anunciou em comunicado que a adesão à greve dos revisores, trabalhadores das bilheteiras, assistentes comerciais, entre outras está a ser “massiva” por parte dos trabalhadores.
Em Sintra e Torres Novas, populares cortaram a circulação de comboios, ao início da manhã desta quinta-feira. Segundo a TSF, a GNR teve interveio nos dois casos de pessoas que cortaram a circulação dos comboios, em protesto pelo facto de circularem em dia de greve geral.
Foto: Piquete da CP, no Entroncamento, às 0h00.
Paralisação total nos barcos e Metro de Lisboa, autocarros com fortes perturbações
Segundo a FECTRANS, regista-se uma “paralisação total” na Soflusa, na Transtejo, na STCP e no Metro de Lisboa (desde as 23h30 de dia 23 que o Metro está fechado, reabrindo às 6h30 de sexta-feira). No Porto, só funciona a linha amarela do Metro, em troço e oferta reduzida, com tempos de espera superiores a 30 min.
A Carris teve alguns autocarros a circular durante a madrugada, mas ao início da manhã apenas três estavam na estrada, acrescentou o sindicalista Amável Alves. No piquete da Carris, que contou com um reforço popular, na Musgueira, registaram-se episódios de confronto com o corpo de intervenção da polícia que chegou a escoltar autocarros.
Também na Vimeca, registaram-se alguns momentos de tensão, durante a manhã, quando a empresa fez pressão para os autocarros saírem. De acordo com o coordenador da Fectrans, a polícia interveio junto da Vimeca, isolando o piquete de greve composto também por utentes desta transportadora.
Nos Portos Marítimos, a adesão é de 100 por cento, segundo dados da CGTP.