Somados, os lucros dos cinco maiores bancos a operar em Portugal atingiram os 4.964 milhões de euros em 2024, ou seja 13,6 milhões de euros a cada dia. Trata-se do melhor ano de sempre do setor.
A Lusa fez as contas e concluiu que o aumento relativamente ao ano anterior foi de 12%.
Destacada no topo da lista dos lucros encontra-se a Caixa Geral de Depósitos que teve lucros de 1.735 milhões de euros, seguida do Santander, com 990 milhões de euros, do BCP com 906,4, do Novo Banco com 744,6 e do BPI com 588 milhões de euros.
O aumento dos lucros tem vindo a ser acompanhado de uma redução de trabalhadores e de agências abertas em todo o país.
O ano passado, os maiores bancos cortaram 263 empregos. Uma redução permanente que fez com que o setor banca, no seu total, passasse dos 54.000 trabalhadores que tinha em 2010 para os 44.000 que tinha em 2023.
Em 2024, o universo mais estreito deste cinco bancos tinha 25.309 trabalhadores. Destaca-se a CGD com 6.067 e que cortou 176 postos de trabalho num ano. O BCP tinha no mesmo período mais funcionários, 6.203, mas cortou muito menos, 39, enquanto Santander Totta tinha 4.610, tendo cortado cinco, BPI 4.234, cortando 29, Novo Banco 4.195, menos 14 trabalhadores.
No que diz respeito às agências bancárias, a tendência de corte continua a fazer-se sentir. Num ano estes bancos passaram a ter menos 18 balcões, sendo no total 1.831 no país. O banco público é aquele que tem maior presença física no território, com 512 agências no final do passado, não tendo fechado neste período nenhuma. Também o Novo Banco manteve as que tinha, 290.
Do lado dos bancos que fizeram cortes está o BCP com menos um, passando para 398, o Santander com menos quatro, passando para 328, e o BPI com menos 13, passando para 303.