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Catarina Martins denuncia atentado ambiental na Praia da Estela

A coordenadora do Bloco esteve na Praia da Estela, na Póvoa de Varzim, para denunciar um atentado ambiental: uma “parede de sacos de plástico” para “segurar” um campo de golfe, “que nem devia ali estar”, pois é duna primária.
Catarina Martins junto à "parede de sacos de plástico" na Praia da Estela na Póvoa de Varzim, 26 de julho de 2021 - Foto de Estela Silva/Lusa
Catarina Martins junto à "parede de sacos de plástico" na Praia da Estela na Póvoa de Varzim, 26 de julho de 2021 - Foto de Estela Silva/Lusa

A coordenadora do Bloco de Esquerda esteve esta segunda-feira de manhã, na praia da Estela, na Póvoa de Varzim, para denunciar este atentado ambiental.

“Temos aqui um atentado ambiental perigosíssimo com muito plástico a fazer de conta que segura areias que não consegue segurar e o que está a fazer é a poluir o mar com todos os custos elevados que sabemos que tem”, afirmou a dirigente bloquista, segundo a Lusa.

Catarina Martins conta que o Bloco perguntou ao Ministério do Ambiente se tinha conhecimento da situação e a resposta surpreendente que teve.

“Detetámos dia sete de abril que havia plástico espalhado pela praia, fizemos uma pergunta ao ministério do Ambiente sobre o que se passava, sobre haver plástico na praia a ir para o mar”, explicou.

“Recebemos agora a resposta do Governo e ficámos muito preocupados porque o Governo diz que os sacos de plástico não estão lá, que são sacos de ráfia e que a empresa do campo de golfe está a fazer tudo de acordo com as normas ambientais. Das duas uma, ou os técnicos do ambiente nunca vieram aqui e escreveram um relatório sem conhecer a realidade, ou vieram e estão a mentir”, apontou.

Catarina Martins diz que os sacos de plástico “foram postos pela empresa do campo de golfe que coloca sacos de uma forma ilegal”. “Não podia ter colocado aqueles sacos ali, não podia deixar os sacos deteriorarem-se, não está a fazer nada do que a lei obriga. Além disso, o campo de golfe nem sequer devia lá estar”, pois “o campo está em cima de uma duna primária”.

“Nós não podemos dizer às pessoas que não podem ter as suas casas nas dunas porque é perigoso com a subida das águas do mar e as alterações climáticas e depois dizermos que onde há grandes interesses económicos fica tudo intocado e pode estar um campo de golfe em duna primária”, criticou.

Catarina Martins afirmou que é um “compromisso do Bloco lutar por um Plano de Ordenamento da Orla Costeira que proteja as populações” e afirmou: “Vamos dar conta do que vimos hoje novamente ao Governo, queremos explicações mas sobretudo queremos que aquele plástico saia dali”.

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