À saída de uma reunião com Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, Joana Mortágua apelou à participação na manifestação em defesa da escola pública, que vai ocorrer no dia 18 de junho, 14h30 no Parque Eduardo VII.
Segundo a deputada e dirigente bloquista, a manifestação não será "só de professores, nem só de estudantes, é um grande apelo do país sobre a necessidade de investimento na escola pública. É a forma que o país tem de dizer que há um consenso nacional sobre a escola pública, que é de todos, que serve todos e que é a única que é garante de igualdade e uma educação de qualidade para todas e para todos, seja filho de uma pessoa rica ou pobre". Joana Mortágua explica que a escola pública é a única que garante que "todos têm as mesmas oportunidades", e que a manifestação servirá para "o país dizer que quer apostar, investir, e que é preciso proteger a escola pública".
Depois do seu congresso no mês passado, a Fenprof pediu reuniões aos grupos parlamentares para apresentar as suas conclusões. Por um lado, foram discutidos na reunião os aspetos que o sindicato identificou como mais problemáticos na valorização da profissão docente, e que necessitam de resposta." Há questões de fundo, de progressão na carreira, estabilidade e vinculação de professores que ainda estão por resolver", descreveu Mário Nogueira.
Por outro lado, a reunião centrou-se também nas questões da escola pública, outro tema do congresso sindical. "Inevitavelmente, acabámos por falar na escola pública, nos seus problemas, em propostas que pensamos que podem ser positivas para os resolver e, obviamente, não pudemos deixar de conversar sobre o dia 18 de junho, que vai ser um dia de grande afirmação dos cidadãos e cidadãs em defesa da escola pública" afirmou o presidente da Fenprof. Mário Nogueira sublinhou que a escola pública "é a única que pode dar a todos uma resposta de qualidade". Em relação a escolas particulares e cooperativas, Nogueira sublinhou que são opções "absolutamente justificáveis, mas uma coisa é a sua existência, outra é ser o Estado a pagar respostas desse tipo quando tem organizada, e com qualidade, uma resposta pública".
