Base das Lajes: Bloco exige proteção dos trabalhadores

01 de março 2012 - 18:19

Embaixador dos EUA reconheceu que haverá redução dos trabalhadores civis da base, por motivos financeiros. Bloquistas querem manutenção dos postos de trabalho.

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A perda destes postos de trabalho seria uma machadada profunda na vida dos trabalhadores afectados.

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda dos Açores exigiu em comunicado a manutenção dos atuais postos de trabalho dos portugueses na Base das Lajes, depois de uma reunião com o Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores (SABCES).

Caso os Estados Unidos da América decidam mesmo avançar com os despedimentos, terão de ser garantidas indemnizações quer aos trabalhadores, quer à Região, bem como contrapartidas sociais significativas às pessoas despedidas, defendeu o Bloco.

A redução de militares e de trabalhadores civis no destacamento americano das Lajes foi admitida pelo embaixador dos EUA em Lisboa é justificada por motivos financeiros. Alain Kats lembrou à Antena 1 dos Açores que medidas semelhantes vão ser aplicadas noutras bases dos EUA espalhadas pelo mundo. Mas o diplomata disse que o número de efetivos a reduzir não está ainda definido.

Uma machadada profunda na vida dos trabalhadores

O Bloco de Esquerda recordou que “desde há vários anos tem vindo a defender a necessidade de se estudar e implementar a reconversão desta infra-estrutura militar para fins civis, ao serviço da aviação comercial, potenciando de forma sólida e moderna a economia da Região”.

Os bloquistas dos Açores salientam que no atual quadro de desemprego galopante existente na Região, “a perda destes postos de trabalho seria uma machadada profunda na vida dos trabalhadores afectados e, por consequência, na economia regional em geral, e particularmente na economia da ilha Terceira e dos seus municípios”. E lamentam profundamente “as recentes declarações do ministro da Defesa acerca deste assunto, por nem ter sequer referido a questão das centenas de postos de trabalho ameaçados”.