Ferrovia

Baixo Alentejo: Bloco quer requalificação da rede ferroviária

02 de maio 2025 - 21:30

Candidatos por Beja às legislativas lançaram uma petição pública pela reabertura de linhas e ramais e prometem levar o tema a debate na Assembleia da República.

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Madalena Figueira e Alberto Matos
Madalena Figueira e Alberto Matos na estação encerrada de Castro Verde-Almodôvar

A candidatura do Bloco de Esquerda por Beja, encabeçada por Alberto Matos e Madalena Figueira, lançou esta semana uma petição pública pela requalificação da rede ferroviária do Baixo Alentejo, dirigida à Assembleia da República com o objetivo de renovar o debate parlamentar sobre o tema. A petição já juntou mais de duas centenas de assinaturas e pode ser subscrita aqui.

“O distrito tem sido sistematicamente alvo do desinvestimento público na ferrovia, vendo uma série de linhas fechadas e deixadas ao abandono. A mobilidade da população, bem como a economia regional e os objetivos de combate às alterações climáticas, é negativamente impactada”, referem os candidatos bloquistas.

Entre os objetivos da petição estão a reabertura e requalificação da linha Beja-Funcheira, a reabertura do Ramal de Aljustrel, a curto prazo, para transporte de minério e passageiros, a construção da concordância de ligação da linha do Alentejo ao Aeroporto de Beja, a reabertura do Ramal de Moura, após requalificação integral da via e com futura ligação transfronteiriça por Barrancos à linha Zafra-Huelva, a renovação integral da linha que liga o porto fluvial do Pomarão à Mina de São Domingos, com instalação de raiz dum transporte público em modo elétrico ligeiro, também com fins turísticos, e a construção de uma nova ligação ferroviária da Mina de São Domingos até à estação Serpa-Brinches.

Estas propostas tinham sido incluídas no Plano Ferroviário Nacional que o Bloco levou ao Parlamento em 2019, sendo na altura chumbado por PS, PSD e CDS. Na legislatura que agora terminou, o Bloco entregou um projeto de resolução a recomendar a reabertura do Ramal de Aljustrel, “a bem da segurança rodoviária nas estradas por onde o minério circula atualmente”, refere a distrital bloquista de Beja.