Manuel Alegre esteve terça feira em Reguengos de Monsaraz e Évora e em Portalegre, nesta quarta feira, num almoço-comício.
Em Portalegre, o candidato lembrou que, na década de 40, quando entrou na escola era das poucas crianças que tinha sapatos e frisou: “Nunca esqueci os que estavam descalços e é também por isso que estou neste combate”.
Segundo a agência Lusa, o candidato acusou Cavaco Silva de ser um homem de facção e estar refém do PSD e do CDS.
Em Évora, Alegre teve um entusiástico comício, no qual criticou Cavaco Silva pela ameaça de crise política que o actual Presidente fez na Guarda e também pela sua submissão aos mercados financeiros.
Manuel Alegre disse que Cavaco Silva “não é um garante de estabilidade financeira” porque tem “uma atitude de submissão em relação aos mercados” e “não é capaz de um gesto, uma palavra ou uma crítica contra a ofensiva especulativa”, o candidato afirmou também que o actual Presidente não é “um garante da estabilidade social, porque não é capaz de se pronunciar sobre o projecto de revisão constitucional dos partidos que o apoiam e que significa uma estratégia contra o Estado Social”, acrescentando ainda que “não é um garante de estabilidade política” porque quer “agradar” aos que esperam que ele seja eleito “para dissolver a Assembleia da República e pôr no poder os partidos que o apoiam”.
No comício de Évora, antes do candidato falaram o seu mandatário distrital, José Luís Cardoso, a deputada Helena Pinto do Bloco de Esquerda e Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares.
Segundo a agência Lusa, Helena Pinto saudou o contributo de Manuel Alegre para a construção da democracia portuguesa e concentrou-se nas questões de igualdade de género, sublinhando que o candidato “sempre esteve e está do lado das mulheres”, ao contrário de Cavaco Silva que “esteve sempre do lado errado”, afirmando que “Manuel Alegre será voz constante neste combate civilizacional”.