Alegre contra sujeição aos mercados financeiros

13 de janeiro 2011 - 16:57

Manuel Alegre, em Portalegre, citou José Régio, disse que não quer que “Portugal vá por aí, sujeito à ditadura dos mercados financeiros e sem direitos sociais” e realçou: “Quero Portugal de pé e não de joelhos”.

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Comício de Manuel Alegre em Évora - Foto de Susana Jorge, retirada de manuelalegre2011.pt

Manuel Alegre esteve terça feira em Reguengos de Monsaraz e Évora e em Portalegre, nesta quarta feira, num almoço-comício.

Em Portalegre, o candidato lembrou que, na década de 40, quando entrou na escola era das poucas crianças que tinha sapatos e frisou: “Nunca esqueci os que estavam descalços e é também por isso que estou neste combate”.

Segundo a agência Lusa, o candidato acusou Cavaco Silva de ser um homem de facção e estar refém do PSD e do CDS.

Em Évora, Alegre teve um entusiástico comício, no qual criticou Cavaco Silva pela ameaça de crise política que o actual Presidente fez na Guarda e também pela sua submissão aos mercados financeiros.

Manuel Alegre disse que Cavaco Silva “não é um garante de estabilidade financeira” porque tem “uma atitude de submissão em relação aos mercados” e “não é capaz de um gesto, uma palavra ou uma crítica contra a ofensiva especulativa”, o candidato afirmou também que o actual Presidente não é “um garante da estabilidade social, porque não é capaz de se pronunciar sobre o projecto de revisão constitucional dos partidos que o apoiam e que significa uma estratégia contra o Estado Social”, acrescentando ainda que “não é um garante de estabilidade política” porque quer “agradar” aos que esperam que ele seja eleito “para dissolver a Assembleia da República e pôr no poder os partidos que o apoiam”.

No comício de Évora, antes do candidato falaram o seu mandatário distrital, José Luís Cardoso, a deputada Helena Pinto do Bloco de Esquerda e Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares.

Segundo a agência Lusa, Helena Pinto saudou o contributo de Manuel Alegre para a construção da democracia portuguesa e concentrou-se nas questões de igualdade de género, sublinhando que o candidato “sempre esteve e está do lado das mulheres”, ao contrário de Cavaco Silva que “esteve sempre do lado errado”, afirmando que “Manuel Alegre será voz constante neste combate civilizacional”.