O candidato presidencial recordou que Cavaco Silva “acenou com o papão da segunda volta como se não fosse normal em democracia”. Para Manuel Alegre, “a segunda volta é a garantia de uma mudança, de que Portugal saberá resistir àqueles que de fora querem impor as regras perante o silêncio obediente de um candidato que ainda é Presidente da República”.
No comício de encerramento da campanha presidencial, no pavilhão do Académico do Porto, Alegre pediu aos portugueses para não se deixarem “enganar” e para não votarem num candidato “que abra as portas ao fim do sistema público de saúde para o entregar à banca e àqueles que estão à espera de uma maioria de direita para destruir os serviços públicos”.
Manuel Alegre exortou os portugueses a não votarem no “candidato da precariedade”, “no candidato do conservadorismo e do modelo neoliberal que está na base da crise do nosso país” e a “não abdicarem dos direitos sociais”.
O candidato presidencial apelou ao voto na “preservação da democracia” e alertou para o facto de não ser necessária uma “revisão constitucional para descaracterizar serviços públicos e atacar direitos sociais”.
“Segunda volta é uma nova agenda de viragem democrática”
O deputado do Bloco de Esquerda Luís Fazenda defendeu que “a segunda volta é uma nova agenda de viragem democrática contra a chantagem, incoerência e falta de decência política”, considerando que Portugal quer um Presidente “que não aceite inevitabilidades”.