Julian Assange

O fundador da Wikileaks e a justiça norte-americana que o acusava ao abrigo da lei de espionagem fecharam um acordo que põe fim à sua prisão. A seguir rumará à Austrália, o seu país-natal.
 

O jornalista da WikiLeaks está tão doente que não pôde comparecer às duas últimas audiências em tribunal. Será que estão à espera que ele morra antes do último recurso?

Tariq Ali

O jornalista poderá recorrer da extradição em caso de ausência de garantias de que não arrisca pena de morte e de que terá liberdade de expressão.

O jornalista de investigação mais importante do seu tempo está a ser criminalizado e privado da sua liberdade. Se os EUA conseguirem condená-lo, será mais difícil e perigoso revelar a sórdida realidade das guerras. Por Fabian Scheidler.

Tribunal Superior de Londres alegou necessitar de mais tempo para analisar os factos. Se o recurso for recusado, Julian Assange, que poderá ser sujeito a um máximo de 175 anos de prisão nos EUA, ou até mesmo a pena de morte, já só poderá recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

Relatora Especial das Nações Unidas para a Tortura apelou ao Reino Unido para que não extradite o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos. A 20 e 21 de fevereiro, o Supremo Tribunal de Londres deverá apreciar o último recurso do jornalista australiano ao abrigo da lei britânica.

Membros da Câmara dos Representantes e do Senado da Austrália apoiam viagem a Washington, agendada para a próxima semana, de uma pequena delegação multipartidária e defendem que a acusação contra Assange deve ser retirada e o fundador do Wikileaks deve ser libertado de imediato.

Para evitar a extradição para os EUA, onde pode ser condenado a passar o resto da vida na prisão por ter divulgado documentos militares e diplomáticos, resta ao fundador do Wikileaks um último recurso na justiça britânica e a queixa apresentada ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

Parlamentares de países como o México, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil e Austrália escreveram cartas abertas contra a perseguição a Julian Assange e a extradição do fundador do WikiLeaks.