Eurodeputada da França Insubmissa e co-presidente do grupo parlamentar europeu The Left, Manon Aubry falou com o Esquerda.net sobre a escalada do autoritarismo e a aliança de Macron com a extrema-direita. Por Mariana Carneiro.
Os relatores especiais lembram as denúncias de agressões contra manifestantes pacíficos, o uso de granadas e uma retórica criminalizadora por parte do Governo contra os defensores dos direitos humanos e do ambiente.
Ao fim de seis meses de luta e a dois dias de nova batalha parlamentar, a décima quarta mobilização dos trabalhadores teve menor adesão, mas a combatividade manteve-se.
Numa comissão parlamentar muito atribulada, o campo presidencial recorreu a uma leitura maximalista de uma norma constitucional para impedir a derrota. A esquerda fala em autoritarismo e perigo para a democracia em França.
O movimento social e popular de resistência a Macron está em suspenso. A urgência das próximas semanas é, portanto, à esquerda, ocupar o espaço social e político para que os militantes que agiram em conjunto nos últimos meses se possam juntar e agir. Por Léon Crémieux.
Intervenções de Manon Aubry (eurodeputada França Insubmissa e co-presidente grupo parlamentar A Esquerda), Nathalie Oliveira (deputada PS pelo círculo da emigração), José Gusmão (eurodeputado Bloco), e Catarina Martins. Sessão realizada a 12 de março de 2023 na sede nacional do Bloco.
A eurodeputada do La France Insoumise, e co-presidente do grupo parlamentar europeu The Left, falou com o Esquerda.net sobre a mobilização nas ruas, a estratégia do presidente Emmanuel Macron e os desafios da esquerda francesa. Por Mariana Carneiro.
O Conselho Constitucional anunciou a rejeição da segunda proposta de iniciativa referendária e os sindicatos reagem sem surpresa, concluindo que este mecanismo de referendo torna-se "quase impossível de utilizar".
Segundo as contas do Governo, a mobilização foi sete vezes maior do que a do 1º de Maio do ano passado. Sindicatos apontam participação de 2,3 milhões de pessoas. "Ao contrário do que pede o Governo, a página não foi virada", diz a líder da CGT.
O Presidente Emmanuel Macron provocou uma crise política da maior gravidade e não pode continuar a presidir à França sem desistir desta reforma injusta. Artigo de Nathalie de Oliveira, deputada do PS eleita pelo círculo da Europa.
Ernest Moret foi detido sob acusações de terrorismo em Londres, após ter sido interrogado pela polícia britânica sobre a sua participação nos protestos contra a reforma das pensões aprovada pelo governo de Emmanuel Macron.
Com Macron na China a atacar o movimento contra a reforma das pensões e a primeira-ministra a recusar qualquer recuo, a mobilização social em França não desarma e prossegue com greves e manifestações.
Onde está - e para onde vai - o movimento que quer acabar com mais uma contra-reforma de pensões e obter uma vitória contra um presidente muito odiado? O sociólogo Ugo Palheta examina o potencial, os limites e também os desafios imediatos e estratégicos da luta atual em França.
Desde o início do movimento contra a reforma das pensões, sindicalistas têm sido detidos na sequência de manifestações, presos por ações não violentas, processados por piquetes e até feridos pela polícia. Por Rachel Knaebel.
Manifestações regressaram às ruas de França contra a subida da idade da reforma, medida aprovada sem votação parlamentar na semana passada. Governo recusa mediação proposta pelos sindicatos para travar escalada da crise social.
Com o golpe do artigo 49.3, eis-nos chegados ao momento da verdade da batalha de classe que começou há quase dois meses. Insurreição e alternativas sociais e democráticas estão agora na ordem do dia, defende-se num editorial da revista Contretemps lido por Carlos Carujo.
A aplicação do artigo que permitiu ao Governo aprovar sem votação a reforma das pensões e a entrevista de Macron a atacar os adversários da medida deu novo alento e fez aumentar a tensão na jornada de luta desta quinta-feira.
A moção de censura transpartidária ficou a nove votos da necessária maioria absoluta, mas os protestos prosseguem nas ruas, com greves e manifestações contra a reforma das pensões aprovada por decreto.
A luta contra a reforma das pensões imposta por Macron sem voto parlamentar intensifica-se. Somam-se manifestações, greves e bloqueios. Catarina Martins enviou a Mélenchon uma nota a comunicar a solidariedade do Bloco com a luta dos trabalhadores porque “Macron e os ataques autoritários não podem passar em lado nenhum”.
Presidente francês temeu não ter maioria parlamentar para aprovar a sua reforma das pensões. Oposição vai apresentar moções de censura. Protestos continuam a subir de tom.
Além de acontecer num momento económico e social particularmente delicado, marcado pela forte inflação e a diminuição do poder de compra , esta reforma é não só injusta como desnecessária.
No final de um Conselho de Ministros extraordinário dedicado ao coronavírus, o primeiro-ministro francês anunciou que vai recorrer ao dispositivo constitucional que força a passagem por decreto da contestada reforma das pensões. Sindicatos prometem “reação à altura” já esta semana.
"Pressionar" o governo ou romper com um poder disposto a fazer tudo para impor a sua reforma das pensões? Esta é a questão que se coloca abertamente quando Macron se mantém inflexível, combinando a repressão com múltiplas propostas de "diálogo". Por Serge Goudard
Nas ruas, o movimento continua as manifestações contra a reforma das pensões em França. Além disso acontece uma miríade de ações reivindicativas. Na frente política, o Conselho de Estado arrasou o projeto, o Senado pretende abrandar o ritmo da discussão e a esquerda prepara uma moção de censura ao governo e propõe um referendo.