Almerinda Bento

Almerinda Bento

Professora aposentada, feminista e sindicalista

Estamos a poucas semanas de um ano, em que as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril serão uma constante. Para quem teve o privilégio de viver essa data radiosa e que contribuiu pela prática para que os ideais do 25 de Abril continuassem a aprofundar-se, essa celebração é cada vez mais necessária.

As pessoas com 65 ou mais anos são já quase 24% do total da população portuguesa, o que corresponde a 2,5 milhões de pessoas. Portugal é o segundo país com mais pessoas idosas na UE. As nuvens negras que pairam sobre esta população idosa são uma vida pouco saudável e o risco de pobreza.

Desde 2000, a ONU assinala o dia 20 de junho como o Dia Mundial do Refugiado. Neste meu texto quero destacar alguns números que ajudam a ter uma ideia da situação em Portugal, com destaque para as crianças refugiadas e relembrar a tragédia que ocorreu na semana passada no Mediterrâneo.

Não, não é nenhum número mágico. São 6 Anos, 6 Meses e 23 Dias que foram roubados aos professores, um tempo de serviço na carreira que foi cumprido e que o governo de maioria absoluta do PS tem negado aos professores.

Quando os professores lutam pela dignificação da sua carreira e pelos seus direitos estão a lutar pela defesa da Escola Pública. A insensibilidade que têm encontrado no ministério da educação e no governo é a insensibilidade com que um governo de maioria absoluta olha para os governados.

Muitas razões estão na base do levantamento dos professores em greves, vigílias e expressivas manifestações. Ao cansaço e desânimo pelos atropelos aos seus direitos profissionais e laborais acresce a exaustão por todo um aparato de burocracia sem sentido que lhes vem sendo imposto.

Abril vem aí e vai começar com uma manifestação pelo Direito à Habitação. Abril e Maio são sempre os meses da nossa alegria e da nossa luta.

Este é um livro que emociona. Comovente, por vezes irónico, crítico, nada piegas. Um hino à dignidade, à resistência, à força de vontade para continuar a viver. Um livro maravilhoso e impossível de esquecer. Por Almerinda Bento.

Os serviços mínimos decretados não incidem nem em exames nem em avaliações finais, mas tão somente numa greve de um dia em cada escola. Serviços mínimos? Estranha forma de atribuir significado e conteúdo a palavras tão óbvias.

RESPEITO, gritam os professores. “Em defesa da Escola Pública”, “Hoje ensinamos, Lutando”, "Fartos de ser pisados”, “Professores unidos, jamais serão vencidos”. É um grito de indignação, mas é também um grito de luta e de urgência de unidade. Dia 11 de Fevereiro lá estaremos.