Direita rejeita suspensão da privatização dos CTT

31 de May 2013 - 17:25

Projetos do Bloco de Esquerda e do PCP para suspender o processo de privatização dos CTT e manter o caráter público deste serviço são rejeitados pela direita. No último mês foram fechadas 60 estações dos CTT, afirmam os sindicatos do setor. Protestos continuam.

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Protesto na agência dos CTT da Ajuda, Lisboa.

O projeto de resolução do Bloco de Esquerda que propunha a suspensão da privatização e a manutenção da empresa no Estado foi rejeitado com os votos contra do PSD e do CDS, a abstenção do PS e os votos favoráveis do PCP, PEV e do próprio Bloco. Um outro diploma do Bloco para "estabelecer as condições de salvaguarda dos monopólios naturais no domínio público do Estado" foi rejeitado com os votos contra do PSD, CDS e PS.

O diploma do PCP para a revogação do processo de liberalização dos serviços postais e para o "cancelamento imediato dos encerramentos" das estações dos CTT foi também rejeitado pelo PSD e pelo CDS.

Já o projeto de resolução do PS recomendava ao governo a imediata suspensão do processo de privatização dos CTT, mas apenas "até que seja regulamentado o regime de salvaguarda de interesses estratégicos nacionais", foi chumbado com os votos contra do PSD, CDS, Bloco e PCP, e teve a abstenção do PEV.

60 estações encerradas num só mês

No último mês foram encerradas 60 estações dos CTT, revelam os sindicatos do setor. A última foi a dos Anjos, em Lisboa, que já não abriu hoje. Os utentes pensavam que o encerramento aconteceria na próxima segunda-feira, mas os CTT anteciparam-se para evitar o protesto que estava marcado.

Na quinta-feira, o presidente da Junta da Ajuda e cerca de 25 pessoas ocuparam as instalações dos correios da freguesia de Lisboa exigindo garantias de aquela estação dos CTT não será fechada.