Artistas e Públicos Indignados promovem protesto

16 de September 2011 - 13:12

Promotores do protesto marcado para este sábado, pelas 17h, na Praça do Rossio, reivindicam “um novo modelo de sociedade, assente não nas questões dos debates financeiros, mas sim sobre aquilo que é o essencial: a cultura e as pessoas”.

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Foto retirada do site do movimento Precários Inflexíveis.

Numa declaração, subscrita por artistas, como o músico Pedro Abrunhosa, “mas também por médicos, arquitectos ou ex-deputados, como Miguel Vale de Almeida e José Manuel Pureza”, é feito um apelo à participação da população, sublinhando-se que o protesto “emerge e decorre da força conjunta de um país a requerer melhor qualidade de vida, mais e melhor democracia, mas que também luta pela possibilidade de tempo de fruição e de reflexão na sua vida”.

Neste comunicado, é ainda realçado que “a arte deve ser um dos elementos vitais para a criação de possibilidades de um outro mundo, mas também de diálogos entre visões do mundo”.

Um dos promotores do protesto, Paulo Raposo, professor do Instituto Universitário de Lisboa/ISCTE e antropólogo, esclareceu que este “não se trata de um protesto sectorial”. “Há muitas pessoas envolvidas neste projecto que não são artistas”, avançou.

A concentração, que estará a ser divulgada no facebook, está marcada para as 17h de sábado, no Rossio, em Lisboa, "e em todas as praças do país que se queiram juntar". Por volta das 19h realiza-se uma reunião e debate aberto a todos os participantes, neste mesmo local.

Os promotores do protesto são Dolores de Matos, encenadora e actriz, Eugénia Vasques, professora da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa e crítica teatral, Joaquim Paulo Nogueira, dramaturgo e investigador, Leonor Areal, cineasta, Margarida Paredes, investigadora/antropóloga, Mário Nuno Neves, autarca e "público muito indignado", Paulo Raposo, professor do Instituto Universitário de Lisboa/ISCTE e antropólogo, Rui Rebelo, músico, e Sara Gonçalves, actriz.