Bloco contesta encerramento da linha ferroviária do Alentejo

05 de September 2010 - 17:01

Heitor de Sousa contesta o encerramento da linha de 215,3 km, a pretexto de obras em 37,4 km. O deputado pergunta ao Governo como avalia a alternativa de manter a circulação e efectuar transbordo rodoviário no troço em obras.

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Heitor de Sousa levanta a hipótese de ser mantida a circulação ferroviária na linha do Alentejo, substituindo o transporte ferroviário por rodoviário apenas no troço Bombel - Casa Branca

A linha ferroviária do Alentejo está em obras no troço Bombel-Casa Branca, com 37,4 km de extensão. A pretexto dessas obras a Refer encerrou toda a linha do Alentejo, entre Lisboa e Beja, numa extensão de 215,3 km. A Refer anunciou a disponibilização de serviços de transporte rodoviários alternativos, por parte da CP.

Contudo, denuncia o deputado Heitor de Sousa, esse serviço alternativo da CP “não é alternativo de coisa nenhuma, pois não se aproxima minimamente do serviço de transportes anteriormente assegurado pela Linha do Alentejo”. Uma viagem chega a demorar cinco horas, “impossibilitando, por exemplo, que se consiga, em tempo útil, realizar uma viagem de ida e volta Beja-Lisboa-Beja num só dia”.

O deputado do Bloco pergunta ao Governo (aceda aqui ao documento em pdf) se está “a par das reais dificuldades” que os passageiros estão a ter e da “péssima qualidade do serviço rodoviário alternativo”.

Heitor de Sousa pergunta ainda ao Governo como avalia “a possibilidade de se introduzir um esquema de exploração do serviço de transporte de passageiros que mantenha a circulação ferroviária em ambos os extremos Norte e Sul da Linha, efectuando-se o transbordo por via rodoviária, apenas no troço que está intervencionado entre Bombel-Casa Branca”.