O Partido Socialista anunciou esta quarta-feira no parlamento que vai votar contra a proposta do Bloco de Esquerda que permite a reforma por inteiro ao fim de 40 anos de descontos. Para a deputada Cidália Faustino, esta medida põe em causa a "sustentabilidade económica e social do sistema". Mariana Aiveca, deputada do BE, lembrou que a retirada de um por cento do IVA para as pensões permitiria corrigir uma injustiça que afecta todos os que começaram a trabalhar muito novos e que nunca foram compensados. Vê os vídeos do debate
O PS vai chumbar o projecto de lei do Bloco de Esquerda que garantia a pensão de reforma por inteiro aos trabalhadores com 40 anos de descontos. No debate do projecto de lei, Mariana Aiveca, deputada do BE, justificou a proposta como uma medida "de justiça" para pessoas que, nos anos 60, começaram a trabalhar aos 11 anos e depois de "uma vida de trabalho" vêem as suas pensões penalizadas.
O anúncio do "chumbo" da maioria PS chegou através da deputada Cidália Faustino que defendeu a reforma da segurança social feita pelo Governo e criticou o diploma bloquista por, afirmou, pôr em causa a "sustentabilidade económica e social do sistema".
Mariana Aiveca disse que, se o PS tivesse aceite a proposta do BE de "retirar" um por cento do IVA para as pensões, "dava para corrigir esta situação". E sublinhou que "são os trabalhadores mais pobres dos pobres" que estão nesta situação. "Não foi para isto que se fez uma reforma da segurança social", afirmou a deputada bloquista, para quem a sustentabilidade do sistema aprovado pelo PS é "trabalhar mais e descontar mais para receber menos quando chegar a altura da reforma".
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Reforma aos 40 anos de trabalho em discussão no parlamento
