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Programa de 28 de abril

A mostra insubmissa tem início com um debate dedicado ao Cinema Batalha e visionamento de Douro Faina Fluvial, pelas 18h na Sala Batalha. Seguem-se a exibição de Ada for Mayor (22h), Nada a Temer (23h30) e Versus - A vida e os filmes de Ken Loach (24h). 

18H – SALA BATALHA

O QUE QUEREMOS PARA O BATALHA? [debate]
Exibição do primeiro filme da sessão de Inauguração do Cinema Batalha, em 1947: “Douro, Faina Fluvial de Manoel de Oliveira (20’). Segue-se conversa sobre o que a cidade quer para o Batalha, agora que está anunciada a sua gestão pública pela mão da Câmara Municipal do Porto. Profissionais e amantes do cinema lançam o debate que se quer de todos e todas.

“A inauguração do cinema Batalha, casa de linhas modernas e sumptuoso aspecto, constitui um grande acontecimento citadino. À sessão inaugural, “avant-première”, brilhante, assistiu o escol da gente do Porto em trajes de cerimónia. As colónias estrangeiras, nomeadamente a francesa e a inglesa, compareceram, pode dizer-se em massa. Na assistência, tanto na plateia, como nas tribunas e balcão, viam-se as nossas
melhores famílias. Fora, na praça, juntaram-se milhares de pessoas, assistindo curiosas ao desfile de automóveis forçosamente lento em virtude das obras de reparação dos pavimentos que ali se estão a realizar. Recebia os convidados e os espectadores o empresário António Neves, rodeado de quase todos os diretores dos cinemas do Porto, nota simpática que a assistência marcou com louvor. A multidão estacionou na praça largo tempo, admirando os efeitos feéricos da iluminação do novo cinema, verdadeiramente faiscante.

Na tribuna, em lugares reservados, sentam-se as autoridades civis e militares, as primeiras de casaca, as últimas em farda de gala.
Pouco depois das 22 horas, com a sala repleta, friso elegante de “smokings”, casacas e vestidos de noite, começou a sessão. Na 1a parte exibiu-se o documentário de Manoel de Oliveira e António Mendes, “Douro, faina e fluvial”...”

Jornal de Notícias, 4/6/1947 

 

22H - SALA BATALHA

ADA FOR MAYOR (ALCALDESSA) de Pau Faus [ESTREIA]
Espanha, 2016, 86’, documentário
Ada Colau, durante a campanha que a consagrou como Alcaldessa de Barcelona. Uma luta coletiva mas também pessoal de alguém que receia tornar-se naquilo que sempre rejeitou.

23h30 – SALA BÉBÈ

NADA A TEMER de Luísa Sequeira e SAMA [work in progress]
Portugal/Brasil, 2017, 20’, documentário
“NADA A TEMER” é um zine e um manifesto transmídia dedicado aos recentes eventos da política no Brasil e não só.

24H – SALA BATALHA

VERSUS – A VIDA E OS FILMES DE KEN LOACH de Louise Osmond
Reino Unido, 2016, 93’, documentário
Um retrato divertido, provocador e revelador sobre a vida e carreira de Ken Loach, um dos mais célebres e controversos realizadores britânicos, que aos 80 anos coloca em perspetiva a sua carreira de 50 anos. 

 

 

(...)

Neste dossier:

Desobedoc 2017 - Mostra de Cinema Insubmisso - 28 de abril a 1 de maio, no Porto

Pelo segundo ano no Cinema Batalha, o Desobedoc 2017 apresentará quarenta filmes, dos quais treze portugueses, que abordarão quatro temas: Direito à Cidade; tributo a Ken Loach; 100 anos da Revolução Russa; Trabalho e precariedade.

Programa de 29 de abril

O segundo dia da mostra terá em exibição Para um futuro livre de Petróleo (18h), Cathy Come Home (18h30), A Síndrome de Veneza (19h), Cerca de tu casa (21h30), Encardido (22h), uma Sessão de curtas pelas 23h seguido de Rat Film (23h30). 

Programa de 28 de abril

A mostra insubmissa tem início com um debate dedicado ao Cinema Batalha e visionamento de Douro Faina Fluvial, pelas 18h na Sala Batalha. Seguem-se a exibição de Ada for Mayor (22h), Nada a Temer (23h30) e Versus - A vida e os filmes de Ken Loach (24h). 

Tudo o que precisas de saber para ir ao Desobedoc 2017

O Desobedoc  - Mostra de Cinema Insubmisso decorre de 28 de abril a 1 de maio de 2017 na cidade do Porto no Cinema Batalha. A entrada é gratuita e os debates são abertos ao público.

Cinema Batalha, história e imagens

Neste artigo exploramos a história do Cinema Batalha desde os dias em que era um Salão High-Life até aos dias de hoje, com imagens históricas que vale a pena conhecer. 

A Invicta Filme

Jorge Campos contextualiza as origens da Invicta Filme, do trabalho que desenvolveu para criação de públicos para o cinema português até ao seu fecho em 1931. 

Paz dos Reis, o primeiro cineasta português

Homem de múltiplos interesses, Paz dos Reis, a par da sua actividade comercial num estabelecimento chamado Flora Portuense situado na Praça de D. Pedro, mais tarde designada Praça da Liberdade, foi um excelente fotógrafo premiado, por diversas vezes, em Portugal e no estrangeiro. Artigo de Jorge Campos. 

História do Cinema no Porto (1896-1974)

Introdução a um ciclo de artigos de Jorge Campos sobre a história do Cinema no Porto, entre 1896 e 1974.

O ciclo do Porto

Jorge Campos apresenta neste texto o panorama da indústria cinematográfica no Porto no início do século XX. 

O movimento Cineclubista

O movimento cineclubista ganhou peso a partir do final dos anos 50 e viria a estar ligado à luta política de resistência à ditadura.

Douro Faina Fluvial e as revistas de cinema

“Esta ante-estreia foi um escândalo. Perante a surpresa dos congressistas estrangeiros, os espectadores portugueses, na sua maioria, vaiaram ruidosamente o filme." 

Texto de Maria Manuel Rola

Cinema Batalha, via restosdecoleccao.blogspot.pt

A cidade ganhou o Batalha!

Mais um Desobedoc. Outra programação mas a mesma insubmissão no combate às forças do mercado que tudo precarizam: o emprego, o salário, a reforma, a habitação, os serviços públicos, o ambiente, as cidades, os direitos.  Texto de João Semedo