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A memória dos presos políticos e da resistência em Peniche
Na passada quinta-feira, 25 de abril de 2019, foi inaugurado o Memorial que homenageia os ex-presos políticos da prisão, referenciando os nomes de todos aqueles que estiveram presos em Peniche e foi destacado o futuro Museu Nacional da Resistência e Liberdade de Peniche.
Neste dossier, conta-se aspetos essenciais da história da Fortaleza e da prisão, da luta dos presos e da solidariedade, das memórias e da importância dos museus na preservação da memória.
Fernando Rosas expõe-nos, numa Curta lição sobre a história da Fortaleza/Prisão de Peniche, traços essenciais da tenebrosa prisão política da PIDE/DGS e da resistência dos presos e dos antifascistas.
“Uma prisão de alta segurança, comandada por um chefe de guardas que era um facínora, que dizia que era um desperdício haver presos políticos, e com um corpo de guardas marcados por uma grande crueldade de comportamento”, refere o que foi durante décadas aquela prisão.
João Madeira conta-nos, em Presos de Peniche nos anos finais da ditadura, como e porque é que os presos políticos só foram libertados em 27 de abril de 1974 e realça o “exemplo de luta” de “centenas e centenas de combatentes pela liberdade, protagonizado por militantes de diferentes correntes e partidos políticos.
Manuel Loff questiona porquê recordar a memória de uma ditadura e da repressão, lembra que nas últimas décadas a memória das ditaduras do século XX se tornaram-se um “intenso campo de batalha”, cultural e político e afirma “O que escolhemos recordar é o que escolhemos ser”. “Retomar a memória da resistência e do que ela, sob a forma da nossa Revolução, permitiu conseguir, reforça a capacidade de resistência e de exigência de mudança”, sublinha.
Luís Farinha refere aspetos importantes da experiência do Museu do Aljube, o único museu existente atualmente no sul da Europa sobre a memória das ditaduras do século XX deste espaço geográfico. O historiador sublinha que a importância dos museus é constituírem-se como “Lugares de memória democrática”.
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