Encontro ecossocialista é no dia 22 de março

Iniciativa marcada para 22 março contará com participação de vários movimentos ambientais e com eurodeputadas do Bloco de Esquerda e da França Insubmissa. Objetivo é pensar a ação política do ecossocialismo sobre a realidade contemporânea.

13 de março 2025 - 16:58
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Encontro Ecossocialista
Cartaz do Encontro Ecossocialista.

O Bloco de Esquerda e o grupo parlamentar da Esquerda no Parlamento Europeu organizam um encontro ecossocialista no dia 22 de março com o lema “lutar aqui e agora para mudar tudo”. O encontro acontece na Academia IRF Almadense e é aberto à participação de todas as pessoas. As inscrições podem ser feitas online.

O objetivo é juntar ativistas das mais diversas áreas, desde as lutas de conservação ambiental à luta por uma transição justa, para discutir e pensar o futuro do movimento climático e de uma política ecossocialista em Portugal.

“O ecossocialismo é a resposta civilizacional às múltiplas crises do capitalismo, a alternativa que coloca a economia ao serviço da vida e que dá primazia ao debate democrático, ao invés das lógicas de intensificação e expansionistas do capitalismo tardio acoplado a um crescente autoritarismo”, lê-se no documento que lança o encontro, com o título “Ecossocialismo: utopia, política e ação”.

O encontro será composto por três plenários durante o dia, onde todos e todas as ativistas podem participar. De manhã, os trabalhos começam com um plenário que discutirá o atual estado da política nacional e internacional e a sua articulação com a crise e a ciência climática, e que contará com a participação do investigador e ativista Luís Fazendeiro e da eurodeputada Catarina Martins. Depois de almoço, vários movimentos ecossociais juntam-se para partilhar as suas experiências no terreno, num plenário com a participação do movimento Unidos em Defesa de Covas do Barroso, Juntos pelo Sudoeste, Protejo e movimentos climáticos. O último plenário será um espaço para discutir a política ecossocialista no contexto europeu e português, e conta com a presença de Gustavo Garcia Lopez, do Ecosoc – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, do investigador e ativista Rui Cortes, e da eurodeputada da França Insubmissa Emma Forreau.

A estrutura do encontro está pensada para refletir sobre as principais tensões do capitalismo tardio em relação à crise climática, discutir como as diferentes lutas ambientais e climáticas se têm debruçado sobre isso, e pensar novas formas de intervenção e ação política sobre essa realidade.

“Neste Encontro Ecossocialista queremos debater os desafios que a exploração e apropriação desenfreada do capitalismo sobre o planeta e a humanidade colocam à esquerda e aos movimentos sociais”, lê-se no documento, que também afirma que o ecossocialismo é um “ponto de encontro” onde várias perspetivas se cruzam.

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