Dominique Strauss-Kahn (DSK) tornou-se director geral do Fundo Monetário Internacional em Setembro de 2007, apoiado pelo presidente francês Nicolas Sarkozy e pela União Europeia. Sendo considerado um potencial candidato às eleições presidenciais francesas de 2012.
DSK nasceu em 1949, é um dirigente do PS francês e foi ministro da economia e das finanças do governo chefiado por Lionel Jospin entre 1997 e 1999. Destacou-se então pela defesa da privatização de empresas públicas, sendo o responsável pelo início da privatização da France Telecom. Em 2005, defendeu o “sim” no referendo francês ao Tratado que pretendia instituir uma Constituição Europeia e em que o “não” ganhou. Em 2006, apresentou-se como candidato presidencial nas primárias do PS, em que foi derrotado por Ségolène Royal. Após as eleições presidenciais de 2007 e a vitória de Nicolas Sarkozy, DSK defendeu a mudança do PS francês no sentido da chamada “Terceira via”, dizendo que o partido deve seguir os caminhos trilhados por outros PS europeus, como o italiano e o alemão.
Como chefe do FMI iniciou as suas funções pelo despedimento de “mútuo acordo” de 600 trabalhadores e quadros daquela instituição.
Na actual crise das dívidas soberanas na Europa, o FMI dirigido por DSK tem defendido a ortodoxia neoliberal mais extremada, na tradição da instituição, como se pôde assistir nas intervenções na Grécia e na Irlanda. Recentemente, foi divulgado pelo jornal britânico “Guardian”, (ler a notícia no esquerda.net: Sócrates pede ajuda a Merkel) o seu cínico comentário sobre o seu “camarada” líder do PS português e primeiro ministro.
As palavras de elogio de DSK à ditadura tunisina e ao ditador Ben Alli (ver a notícia no esquerda.net: FMI dizia que Tunísia era exemplo e o vídeo abaixo), mostram a continuidade da política do FMI, de apoio a diversas ditaduras em vários pontos do globo.