Afinal, EUA já não vão comprar "activos tóxicos"

13 de novembro 2008 - 0:00
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O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, disse na quarta-feira que o plano de resgate de 700 mil milhões de dólares, anunciado pelo governo dos Estados Unidos e aprovado pelo Congresso, já não vai ser usado para comprar os chamados "activos tóxicos" na posse dos bancos, como fora previsto. Em vez disso, o dinheiro do plano deverá ser usado para comprar acções de instituições em dificuldade.



Paulson reconheceu que nas últimas semanas o governo examinou os benefícios de usar os recursos do plano para comprar "activos tóxicos", e que esse estudo fez os responsáveis mudar de ideias: "A nossa conclusão, neste momento, é de que essa não é a maneira mais eficaz de usar os recursos do plano", disse.



Numa conferência de imprensa em Washington, Paulson disse que o plano ajudou a estabilizar o sistema financeiro, mas há ainda muitos desafios pela frente e a turbulência nos mercados deve continuar por algum tempo.



Na terça-feira, a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, defendera o uso de parte do plano de 700 mil milhões para ajudar as automobilísticas americanas General Motors (GM), Ford e Chrysler, "para evitar a falência de uma ou de mais das principais construtoras de veículos dos Estados Unidos".



Na última semana, a GM anunciou um prejuízo operacional em todo o mundo de 4,2 mil milhões de dólares e a eliminação de postos de trabalho. A Ford também anunciou um prejuízo de 2,98 mil milhões de dólares.



As vendas da GM caíram 45% em Outubro, em comparação com o mesmo mês em 2007. No mesmo período, a Ford registou queda de 30% nas vendas, e a Chrysler, de 35%.

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