Tomi Mori

Correspondente internacional do Esquerda.net http://www.twitter.com/tomimorijapan

Yoshihiko Noda eleito só à segunda volta presidente do Partido Democrático do Japão, entre cinco candidatos. Desafio será empurrar goela abaixo dos trabalhadores a famigerada reforma fiscal.

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, anunciou a renúncia à presidência do Partido Democrata do Japão (PDJ) e a saída da chefia do governo na próxima semana. Mas a decisão não deve fechar a crise.

A economia japonesa, devido ao desastre e às consequências, tornou-se vulnerável. A situação vai agravar-se no Verão, com a falta de energia que assolará Tóquio, o coração do país.

É o nível mais grave, segundo a Escala Internacional de Acidentes Nucleares. Anúncio significa uma grande bofetada nos japoneses e vizinhos.

Foi, juntamente com a luta contra a presença ianque nas ilhas de Okinawa, a maior manifestação dos últimos anos no país. Países vizinhos começam a impor restrições à importação de produtos japoneses e a emitir avisos.

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Por que o governo não inicia treinos de evacuação para a eventualidade de enfrentarmos fumos prejudiciais saídos dos reactores? Todos dirão que é para não criar pânico desnecessário. Desnecessário?

A maior crise existente no Japão hoje é a crise de confiança. Já não é possível acreditar em nenhum comunicado que faz a Tóquio Electricidade (Tepco), nem no que diz o governo japonês.

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Há uma grande possibilidade de existir uma brecha no núcleo do reactor e por ela estar a escapar radioactividade. Uma fuga de grandes proporções pode afectar, em níveis diferenciados, milhões de pessoas.

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O Japão é uma espécie de panela onde estão colocadas 55 pipocas nucleares e ninguém sabe quando alguma vai explodir.

O pesadelo japonês, criado com um terremoto de magnitude 9, seguido de um violento tsunami e um desastre nuclear, pode ter apenas começado. O número de mortes oficiais e desaparecidos já se aproxima de 20 mil pessoas.