Ricardo Coelho

Ricardo Coelho

Ricardo Coelho, economista, especializado em Economia Ecológica

Um grupo de cidadãos/ãs decidiu ocupar a Biblioteca Infantil do Marquês, vergonhosamente abandonada pela Câmara do Porto desde 2001. Apenas três dias depois, a biblioteca popular foi despejada e o imóvel público entaipado. Rui Rio continua fiel aos seus princípios.

Viajar na Europa escolhendo o modo de transporte mais ecológico pode ser complicado, caro e demorado. Graças a escolhas erradas das instituições europeias, os incentivos estão todos errados, na medida em que nos levam a escolher o avião para deslocações que poderiam ser realizadas por comboio.

No Porto, o Mayday invadiu o Pingo Doce, não para fazer compras, não para atacar quem fazia compras, mas para protestar contra as práticas anti-sociais da empresa e para expressar solidariedade com quem lá trabalha.

Na praxe os direitos humanos ficam à porta, incluindo o direito à indignação, à desobediência e ao pensamento próprio.

Caso este tratado passe nos parlamentos nacionais, será dada a machadada final na possibilidade de um governo usar a política orçamental para combater as recessões.

No próximo ano, calcula a Auditoria Cidadã à Dívida, o dinheiro poupado com todas as medidas de austeridade que asfixiam as pessoas não chegará para pagar os juros da dívida.

O Estado esbanjou milhões em elefantes brancos, grandes obras que supostamente iriam trazer emprego. Olhando para os elefantes brancos podemos ainda encontrar as carraças que lhes sugam o sangue. Vejamos o caso do Europarque e da sua carraça, a Associação Empresarial de Portugal.

Será que gerir um Estado é semelhante a gerir uma casa? A resposta evidente para quem pensa minimamente sobre a questão é um categórico não. Mas vale a pena refletir melhor sobre o assunto, para podermos mais eficazmente desmontar esta ideia abstrusa.

Não é nenhuma tragédia acumular défices elevados durante períodos de recessão, desde que os períodos de expansão sejam marcados por défices baixos e superavits.

A equivalência entre partilha e roubo é um dos maiores embustes dos tempos modernos.