José Castro

José Castro

Jurista, pós-graduado em Planeamento Urbano e Regional

O programa político em marcha nos países da U.E. tem estado a impor aos povos salários mais baixos, trabalho mais precário, horários mais alargados.

Os banqueiros produziram danos económicos e financeiros duma enorme dimensão mas a sanção pelas suas práticas ilícitas é…. pagar uma multa.

Monitorizar o funcionamento de torres de arrefecimento e outros equipamentos custa dinheiro, reparar e substituir ainda mais. Corta. Uma inspeção a funcionar como devia ser, precisa de recursos financeiros e pessoal em número suficiente e qualificado. Corta.

O anúncio dos testes do BCE e da Autoridade Bancária Europeia (ABE), que chumbaram apenas um banco com sede em Portugal, vai levar a múltiplas declarações sobre a “boa saúde” do sistema bancário. É mais um colossal embuste.

Na vizinha Espanha, a publicação do livro de memórias de Zapatero, onde é divulgada a carta secreta de 5 de Agosto de 2011 do então presidente do BCE, tornou muito claro o projeto político que está a sufocar os povos da Europa.

Estes são os números do IRC pago por toda a banca nos últimos anos. Num país em que o montante do IRS arrecadado pelo fisco ainda é mais do dobro do IRC, os banqueiros continuam a não pagar a crise.

A sentença do Tribunal Superior de Justiça da Galiza, onze anos após a catástrofe, provocou justa indignação. E coloca uma interrogação: afinal não há crimes contra o ambiente?

No Congresso do PS foi defendida a proposta de baixar os rácios de capital dos bancos. Para assim ser disponibilizado mais crédito às empresas, disse António José Seguro. À primeira vista, a proposta até parece ir na direção certa, mas não, apenas favorece os banqueiros.

O crescimento da dívida em dezasseis meses de governo PSD/CDS-PP (entre Julho de 2011 e Novembro de 2012) foi de 27.280 milhões de euros, mais de 1,7 mil milhões por mês, 56 milhões de euros/dia ou 2,3 milhões por hora.

40 milhões de euros por dia é quanto cresce a dívida pública desde Junho de 2011.