João Semedo

João Semedo

Médico. Aderente do Bloco de Esquerda.

De súbito, a vida política do Porto sofreu dois abanões: a zanga de Rui Moreira com o PS e as novas revelações sobre o caso Selminho. Ambos são politicamente devastadores quer para Rui Moreira quer para Manuel Pizarro.

A exclusão social e um SNS que deixou de chegar a todos e a todo o lado são o que melhor explica os milhares de crianças sem vacinas.

Não imagino que o paradigma da democracia seja deixar os fascistas fazerem a única coisa que os mobiliza e sabem fazer: atacar a democracia e os democratas, na esperança de acabarem com ela e com eles.

Sendo despenalizada a morte assistida, ninguém é obrigado a recorrer à eutanásia mas, também, ninguém fica proibido de o fazer. É assim com todos os direitos.

A relação médico-doente consolida-se tanto no respeito pelo direito do médico à objeção de consciência como no respeito pela autodeterminação do doente.

Não há qualquer poupança nas PPP. Os estudos que pretendem demonstrá-lo partem de bases e modelos comparativos escolhidos a dedo para obter o resultado pretendido.

A vida longa, intensa e plena de Mário Soares não é excepção, mesmo sendo ele uma figura excepcional. De que Mário Soares falamos, que Mário Soares recordamos hoje?

O governo fez um ano mas quem fez a festa foi Marcelo.

A situação na CGD não vai ter um final feliz, desde logo para a Caixa. Mas, também, para os seus administradores, primeiro-ministro, ministro das finanças.

Defender a perpetuação de benefícios injustificados contribui para minar a confiança dos cidadãos nos partidos e na democracia.