João Semedo

João Semedo

Médico. Aderente do Bloco de Esquerda.

Em dezembro, o PCP realiza o seu congresso, o vigésimo. Fui ler as teses para o congresso, à procura de encontrar alguma novidade...

O país precisa de encontrar soluções para assegurar o reequilíbrio social. O aumento do rendimento e dos apoios sociais às pessoas e famílias em maiores dificuldades só é possível se o Estado dispuser de mais receita.

Não, não é do “velho” Bloco nem do “velho” PC que têm saudades e muito menos da sua oposição. O que os amargura e contraria são as saudades que sentem da velha política.

23 de junho, 6 de julho, 8 de julho: duas semanas negras para a União Europeia, o descalabro é indisfarçável. E em todos os planos: económico, político, institucional e até moral. A elite também não escapa, a sua seriedade, honestidade e credibilidade estão atingidas.

Se os quadros do Miró podem ir parar a um museu do Estado, o que impede o SNS de integrar o IMI e até o British Hospital? A resposta, desta vez, cabe ao sr. ministro da saúde.

Há muito a fazer para proteger o estado e o interesse público. A boa governação e a popularidade do governo também passam por aí. Fariam bem os ministros de António Costa se pusessem os olhos no seu colega da Educação.

A alternativa a termos mais médicos, os médicos de que o país precisa, é continuarmos a ter os médicos com um pé no público e outro no privado, quando não os dois no privado.

Os portugueses vivem uma overdose de Presidente, uma overdose de Marcelo. O que era apenas ao domingo, é agora diário e, com frequência, mais do que uma vez por dia.

A Assembleia Municipal discute, hoje, a instalação na cidade do Porto de uma sala de consumo assistido, vulgarmente conhecida por “sala de chuto”.

A ADSE está debaixo de fogo cruzado, atravessada por uma controvérsia intensa, apaixonada, inflamada.