Na passada segunda-feira, os trabalhadores da refinaria de Matosinhos afirmaram que vão lutar “até ao fim” pelos seus postos de trabalho e “enfrentar” o despedimento coletivo proposto pela Galp para depois concentrar toda a atividade em Sines, segundo a agência Lusa.
Telmo Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE) do Norte e da comissão de trabalhadores, referiu no final do plenário realizado na passada segunda-feira que “fomos (comissão de trabalhadores) mandatados para levar a cabo qualquer iniciativa na defesa intransigente dos postos de trabalho”.
A Galp decidiu concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e assim abandonar a unidade de Matosinhos, dando início ao despedimento coletivo de perto de 150 trabalhadores.
O dirigente sindical afirmou que “querem-nos tirar tudo, mas nós não baixamos os braços e vamos continuar a lutar até ser possível”, mesmo depois de terminadas as conversas com o Ministério do Trabalho, onde ficou clara a “intenção” da Galp de avançar com o despedimento coletivo.
No entanto, Telmo Silva informa que vão reunir-se ainda com o Ministro do Ambiente para exigir uma solução para os trabalhadores.
A decisão de encerramento da refinaria da Galp de Matosinhos foi tomada em 2020 e foi justificada pela empresa com a decisão de concentrar todos os seus esforços na conversão gradual de Sines num centro de energia verde.