A ação faz parte de um plano global de inventário de todas as armas que existem no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que inclui armas de fogo mas também armas não letais.
Na ordem, o novo diretor do SEF, o tenente-general Luís Francisco Botelho Miguel, incluiu a recolha de todas as armas não letais, como bastões e sprays de gás pimenta, distribuídas pelos inspetores e que, até ao próximo dia 15, terão de estar todas no armeiro central do Serviço.
Ao contrário das armas de fogo, estas armas não estão atribuídas a cada um dos inspetores de forma organizada e registada.
Mas a sua recolha não estava prevista no plano, tendo resultado pelas imagens do Centro de Instalação Temporária do Aeroporto de Lisboa, onde se confirmou que um dos inspetores acusados da morte de Ihor Homeniuk teria um bastão extensível que não lhe estava atribuído.
O plano revela que o SEF não sabe quantas e que tipo de armas estão distribuídas no serviço em todo o país, e procura criar uma disciplina de armazenamento, cadastro e arquivo centralizado, verificando-se ao mesmo tempo a validade de todos os equipamentos, escreve a Renascença.
Segundo as informações recolhidas pela Rádio Renascença, a maior parte das armas não letais foram adquiridas em 2004, no âmbito do reforço global de meios que abrangeu todas as polícias por causa do Campeonato Europeu de Futebol que Portugal organizou – sendo que, nessa altura, foram distribuídas em função do trabalho concreto que esse evento exigia.
