O apelo ao afastamento de Israel do festival da Eurovisão está a ganhar força na Europa. Com o desenrolar do genocídio em Gaza, cada vez mais estações de televisão públicas consideram injustificável o duplo critério da União Europeia de Radiodifusão (UER), que excluiu a participação da Rússia após a invasão da Ucrânia mas vem defendendo a participação de Israel enquanto este país é acusado de genocídio e crimes contra a humanidade na justiça internacional.
Depois dos avisos já lançados pelas televisões públicas da Irlanda, Eslovénia e Islândia, esta sexta-feira foi a vez da estação neerlandesa AVROTROS anunciar que a sua participação na Eurovisão do próximo ano em Viena “não será possível enquanto Israel for admitido”.
“Se a UER decidir não permitir a participação de Israel, a AVROTROS estará encantada de participar no próximo ano. Enquanto se espera essa decisão, os preparativos prosseguem com normalidade”, prosseguiu a emissora.
A ser tomada essa decisão, ela deverá acontecer na próxima assembleia da UER, a realizar-se em Genebra nos dias 4 e 5 de dezembro.
Tudo indica que estes quatro países não serão os únicos a boicotar a Eurovisão com presença israelita. O ministro da Cultura espanhol Ernest Urtsasun declarou que o país vai tomar “medidas” caso Israel se mantenha no concurso. Essa decisão cabe à RTVE, que afirma estar à espera do que sair da reunião de dezembro da UER para a tomar.