Fortes Novos, no concelho de Ferreira do Alentejo, é uma aldeia rodeada de olival intensivo, a duzentos metros da fábrica da AZPO Azeites De Portugal, S.A., onde se queima bagaço de azeitona.
O fumo e o cheiro intenso destruíram qualquer hipótese de vida normal na aldeia, causando problemas respiratórios nos habitantes e uma camada de gordura que se vai depositando em todas as superfícies, nomeadamente nas hortas e na cadeia alimentar local.
Marisa Matias, que tem acompanhado o problema como eurodeputada, esteve domingo novamente com os habitantes da aldeia e o movimento em defesa da saúde pública que se formou.
“Voltei a Fortes Novos porque é uma aldeia a ser massacrada pela queima dos resíduos do olival intensivo”, diz a candidata presidencial.
“As pessoas estão desesperadas e cansadas. Há problemas de poluição dos terrenos, da água, do ar e problemas de saúde pública e ninguém dá atenção a isto”, relembra.
“Precisamos de uma solução para o modelo de produção agrícola no Alentejo, e Baixo Alentejo em particular”. Depois, diz, precisamos “de uma solução para tratar dos resíduos que não passe por pôr em causa a qualidade de vida e a saúde pública destas populações. E o que está a acontecer é exatamente o contrário”.
“Vamos continuar ao lado destas pessoas até conseguirmos eliminar aquele foco de poluição e de atendado à saúde pública”, conclui.
Hoje regressei a Fortes Novos, em Ferreira do Alentejo, para constatar que as pessoas continuam a sofrer os efeitos da poluição. O olival intensivo é um modelo de produção que destrói o ambiente e afeta a saúde das populações.
Outro modelo, é o que precisamos.#marisa2021 pic.twitter.com/MCCQxuKGeF— Marisa Matias (@mmatias_) December 13, 2020