É expectável que o número de mortes aumente consideravelmente, já que a embarcação, que terá saído do porto de Misrata, na Líbia, transportava mais de 500 imigrantes, na sua maioria oriundos da Eritreia e da Somália, segundo adianta a ONU.
Até ao momento, foram resgatadas com vida menos de duas centenas de pessoas. Simona Moscarelli, uma porta voz da Organização Internacional de Migrantes de Roma, afirmou à BBC que apenas seis em cem mulheres sobreviveram e que a maioria dos imigrantes não sabia nadar.
“Apenas os mais fortes sobreviveram”, frisou.
As autoridades de Lampedusa descrevem “um cenário de horror”, com corpos amontoados no porto.
Também na quinta feira, os media italianos divulgaram que cerca de 200 imigrantes foram escoltados até ao porto de Siracusa, na Sicília, quando a sua embarcação teve problemas a cinco milhas da costa.
No início da semana, 13 imigrantes afogaram-se quando tentavam alcançar a Sicília.
Segundo a ONU, mais de 1500 pessoas morreram ou despareceram em 2011 quando tentavam atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa. Desde o início do ano, e até 30 de setembro, o número de imigrantes a chegar à Itália ascende a 30.100.
Os imigrantes são, na sua maioria, provenientes da Síria (7.500), Eritreia (7.500) e Somália (3.000).