Greve e concentração dos trabalhadores dos impostos por carreiras justas

27 de junho 2019 - 12:17

Esta quinta-feira os trabalhadores dos impostos estão em greve e concentram-se em frente ao Ministério das Finanças. Exigem a negociação das carreiras especiais e acusam o governo de apresentar propostas que não cumprem a lei.

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Sindicalistas do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte em manifestação.
Sindicalistas do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte em manifestação. Foto de STFPSN/facebook

A Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária e Aduaneira (APIT) e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais convocam o protesto dos trabalhadores da Autoridade Tributária que se realiza esta quinta-feira.

A APIT esteve reunida com o governo esta semana mas apenas encontrou “promessas de resolver em breve” as questões em debate. O presidente desta Associação Sindical, Nuno Barroso, afirmou à Lusa que “não houve recetividade nenhuma às nossas propostas”. Por isso, e porque “há funcionários há mais de 10 anos parados na carreira”, decidiram manter a greve. Não querem uma “versão low-cost” da Autoridade Tributária e Aduaneira” com “um enquadramento legal de carreiras extremamente prejudicial”.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) também critica a forma como o governo negociou este processo. Artur Sequeira, dirigente da FNSTFPS, explica que o governo deu as negociações por encerradas na reunião de 7 de junho sem ter contemplado nenhuma das propostas apresentadas pelo sindicato.

A FNSTFPS acusa o governo de “um enorme desconhecimento da realidade” e de apresentar propostas que nem sequer “respeitam o quadro legal vigente, não consideram a especialização existente e persistem na manutenção de carreiras subsistentes, nos suplementos remuneratórios que o Governo insiste em não integrar nos vencimentos”.

Estas propostas governamentais são ainda caracterizadas como “uma enorme desilusão”, “uma mão cheia de nada e a outra de coisa nenhuma” e “um amontoado de equívocos muito graves com implicações negativas na carreira dos trabalhadores da AT”.

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