O comunicado do FMI (no site da instituição em inglês) que refere a declaração de Nemat Shafik - Vice-Diretora e Presidente em Exercício da instituição, sublinha que o governo de Passos Coelho e Paulo Portas tem sido um bom aluno, louvando a sua aplicação do memorando da troika, “apesar dos contratempos legais”, ou seja apesar dos chumbos do Tribunal Constitucional a claras violações da Constituição, mas que não passam de “contratempos legais” para o FMI. Nessa base, desbloqueia empréstimo de 910 milhões.
O FMI pressiona agora o governo PSD/CDS-PP para “resistir” às “pressões” para aumentar a despesa pública e insiste nos cortes: sociais, nos direitos do trabalho e na administração pública.
No comunicado, o FMI defende a continuação e aprofundamento do programa de austeridade, sublinhando que “as reformas estruturais são a chave para aumentar o potencial de crescimento da economia portuguesa”.
O FMI pretende “uma maior flexibilidade no mercado de trabalho” (isto é, cortes nos direitos do trabalho), mais cortes nas despesas sociais do Estado e ainda “racionalizar a administração pública”, o que significa cortes em serviços públicos, cortes em remunerações salariais e redução de postos de trabalho.