Manuel Palos, diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), foi ouvido pelo juiz de instrução criminal Carlos Alexandre na passada sexta-feira, no entanto o seu interrogatório só terminou no sábado à tarde.
Segundo a edição desta segunda-feira do Diário de Notícias, o diretor do SEF admitiu ter acelerado processos de atribuição de vistos gold a pedido do presidente do Instituto de Registos e Notoriado (IRN) e outros altos funcionários do Estado.
Manuel Palos confessou, inclusive, que o fazia por ter “instruções políticas para tudo fazer para dinamizar os vistos gold”, tal como autorizações de residência.
Por seu lado, o gabinete do vice-primeiro-ministro Paulo Portas nega ter dado alguma instrução. “Daqui não houve certamente nenhuma instrução política”.
Em relação às garrafas de vinho da quinta de António Figueiredo, presidente do IRN, que Manuel Palos recebeu, o diretor do SEF diz ter-se tratato apenas de uma “lembrança institucional”.