A CDU de Angela Merkel perdeu este domingo as eleições em duas das regiões do país, caindo para mínimos históricos. Em Baden-Württemberg, que a CDU governara sempre até 2011, a vitória foi pela segunda vez para os Verdes com 31.4%. Os conservadores ficaram-se pelos 23.4%.
Em Rhineland-Palatinate foi para o SPD com 35.5%. A CDU, que chegou a estar à frente nas sondagens há um mês, obteve apenas 26.9%.
Em 26 de setembro o partido enfrentará eleições federais já sem aquela que tem sido chanceler desde 2005. Armin Laschet é o novo líder, desde meados de janeiro, e parte para as eleições com o lastro desta derrota e sem o protagonismo da sua antecessora.
Entre os rivais, são os Verdes que são apresentados como tendo saído em melhores condições destas eleições: cresceram em ambos os estados e aparecem em segundo lugar nas sondagens contrastando com a tendência de queda da CDU que entre junho passada e este mês caiu de 40% para 33%. Um dos seus co-líderes, Robert Habeck, festejou o resultado apresentado-o como “um super-começo para uma super-ano eleitoral”.
O partido de esquerda Die Linke não elegeu representantes em nenhuma destas eleições. Em Rhineland-Palatinate obteve 2,5% dos votos, tendo descido 0,3%. Em Baden-Württemberg conseguiu 3,6% subindo 0,7%.
Já a extrema-direita, representada pela Alternative für Deutschland apostou na condenação do confinamento e perdeu votos.
A pandemia terá influenciado a votação mas não devido à rejeição do confinamento. O que mais tem dado que falar no país é o ritmo considerado lento do processo de vacinação e o escândalo de corrupção com negócios de máscaras protagonizado por elementos da CDU/CSU, acusados de receber subornos para recomendar fabricantes de máscaras ao governo. Nikolas Löbel, da União CDU suspeito de ter recebido 250 mil euros, demitiu-se de deputado e Georg Nüsslein, saiu do partido mas manteve o lugar no parlamento.