Fabian Figueiredo comentou ao final da manhã deste sábado os discursos do dia em que se celebra a implantação da República. Para ele, o Presidente da República “fez o discurso que lhe era pedido”, recordando que “o melhor período da República é da República democrática, que tem muitas insuficiências, que ainda tem muitos problemas para resolver”. Assim, “o nosso futuro coletivo só pode passar por almejar uma república mais igual, mais justa e mais solidária”.
Noutro ponto da sua intervenção Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que “a República produz figuras, momentos menores, mais lamentáveis”. E é aqui que o líder parlamentar bloquista enquadra o que disse o presidente da Câmara de Lisboa na mesma sessão. De acordo com o deputado bloquista este pronunciou um “discurso lamentável” que “mostra que a República é também capaz de produzir os seus pequenos Napoleões”.
Isto porque Carlos Moedas não reconhece que Lisboa está hoje pior e veio falar de “portas escancaradas” à imigração. O dirigente partidário contrapõe que o que tem havido na capital são “portas escancaradas à especulação imobiliária ao excesso de carga turística”, sendo “hoje é mais difícil a uma pessoa comum ter acesso a uma habitação digna”.
Este discurso é “colado às mentiras da extrema-direita”, “alimentando mitos sobre as pessoas que são essenciais para a economia da cidade, mas também para a economia de todo o país”. Insistindo que “os imigrantes não são responsáveis pelo aumento da criminalidade”, o que “já foi desmentido uma vez atrás da outra”.
Fabian Figueiredo recordou ainda que “a República é a igualdade de todos os cidadãos, de todas as cidadãs perante a lei” e que o feriado neste dia só foi recuperado durante o período da geringonça.
