Aumento de número de médicos sem especialidade levará à “derrocada do SNS”

23 de junho 2018 - 16:22

Foram preenchidas todas as vagas do concurso deste ano e 1050 médicos ficaram sem acesso à especialidade médica. O MiN - Médicos indiferenciados frisa que "o problema da precarização médica e do descalabro na gestão dos recursos humanos do SNS não é só um problema dos médicos, é sim um problema de toda a sociedade".

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Foto de Paulete Matos.

Numa nota publicada na sua página de facebook, o MiN - Médicos indiferenciados assinala que foram preenchidas as 1650 vagas de especialidade do concurso de 2018, número que representa um decréscimo de 110 vagas face ao ano passado, e que foram criados 1050 médicos sem especialidade.

Conforme refere o MiN, “em 3 anos, passámos de 114 médicos médicos sem especialidade criados anualmente para mais de 1000”, sendo que “desde 2015 que a nota do último colocado tem vindo a aumentar: 39%, 47% e agora 52%, chegando agora a ultrapassar a ‘positiva’”.

“Não há outra maneira de o dizer: esta ‘bola de neve’ coloca a saúde de todos nós em sério risco e levará, a curto-médio prazo, à derrocada do SNS. Neste momento, estamos perante uma verdadeira emergência de saúde pública que precisa de ser enfrentada”, escreve o movimento.

Lembrando que as vagas acabaram no mesmo dia em que se discute a revisão da atual Lei de Bases da Saúde, documento onde se refere que “a política de recursos humanos para a saúde visa satisfazer as necessidades da população, garantir a formação, a segurança e o estímulo dos profissionais”, o MiN alerta que “o problema da precarização médica e do descalabro na gestão dos recursos humanos do SNS não é só um problema dos médicos, é sim um problema de toda a sociedade”.


Ler também: Aumento do número de médicos sem especialidade coloca em sério risco o SNS


No próximo dia 26 de junho, terça-feira, às 18h30, o MiN  promove uma reunião Aberta de Médicos, no SMZS. 

 

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