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Altice torna-se na maior acionista do SIRESP

O Estado entra no capital da rede de comunicações de energia, passando a ter 33% da Galilei. A dona da Meo, por sua vez, exerceu o direito de preferência na compra das participações da ESEGUR e da Datacomp. Bloco tece duras críticas.
“A tática negocial do governo foi errada”, afirma Pedro Filipe Soares, defendendo que se devia “nacionalizar o SIRESP” e “garantir que o interesse público não vai ficar na mão do interesse do lucro dos privados”.
“A tática negocial do governo foi errada”, afirma Pedro Filipe Soares, defendendo que se devia “nacionalizar o SIRESP” e “garantir que o interesse público não vai ficar na mão do interesse do lucro dos privados”.

O anúncio foi feito esta quarta-feira: a Altice tornou-se na maior acionista do SIRESP e o Estado passou a deter 33% do capital.

Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, já tinha admitido que o Estado poderia vir a ter uma posição acionista no SIRESP aquando dos incêncios de 2017. Esta seria, assim, uma das medidas de prevenção e combate aos incêndios.

Desta forma, o Estado anunciou que irá assumir a posição acionista da Galilei, passando a deter 33% do capital social. “Na sequência da assunção desta posição accionista, o Estado passará a indicar dois membros do conselho de administração da SIRESP SA, um dos quais presidente, e dois dos três membros da comissão executiva”, informa o governo.

Por sua vez, a Altice Portugal diz que “manterá uma posição de total equilíbrio e cooperação com o Estado Português, tal como tem vindo a fazer proactivamente no desenho de soluções em conjunto, desde há um ano”.

Em declarações dadas à imprensa esta quinta-feira, Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco, mostrou-se muito descontente com este desfecho. Com a Altice com a posição maioritária, “as intenções do governo caíram por terra”, afirma, lembrando que o governo chegou a ponderar acautelar uma posição maioritária. “A tática negocial do governo foi errada”, afirma, defendendo que se devia “nacionalizar o SIRESP” e “garantir que o interesse público não vai ficar na mão do interesse do lucro dos privados”. “Uma coisa fundamental como a salvaguarda das populações, as comunicações em situações emergência, não pode ficar nas mãos dos interesses dos lucros do privado”, rematou.

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