Bloco repudia militares nas escolas e exige explicações a Nuno Crato

15 de June 2015 - 23:36

Reagindo ao anúncio, por parte do Ministério da Educação e Ciência, de que irá colocar militares em reserva a vigiar escolas, os bloquistas frisam que “não se conhece um único país democrático onde a presença de militares na escola seja uma política sequer aceitável” e que esta "decisão inaudita viola toda a cultura da escola pública”.

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Foto de Paulete Matos.

Lembrando que já existe um “programa de segurança específico para as escolas, em parceria com a PSP, no qual as forças de segurança são chamadas a intervir no interior da escola apenas em casos extremos de necessidade”, o Bloco de Esquerda defende que “o que o MEC se prepara para fazer é instituir uma cultura de autoridade militar dentro do espaço escolar devido à insegurança criada pela redução drástica de pessoal auxiliar preparado para as suas funções.

“Não se conhece um único país democrático onde a presença de militares na escola seja uma política sequer aceitável”, avança o deputado Luís Fazenda num conjunto de questões endereçadas ao Ministério da Educação e Ciência.

O dirigente bloquista condena “esta decisão inaudita que viola toda a cultura da escola pública”.

Na semana passada, o Conselho de Ministros aprovou um conjunto de alterações legislativas que permitem o recrutamento de elementos das Forças Armadas na reserva para fazer vigilância nas zonas escolares.

Estes militares deverão "assegurar as funções de vigilância relativas ao ambiente do espaço escolar, com especial incidência nos recreios e junto das imediações da vedação escolar", explicou à agência Lusa fonte do gabinete do MEC.