Greve dos trabalhadores da PT contra despedimentos e degradação das condições de trabalho

03 de February 2015 - 18:57

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual avança que cerca de metade dos trabalhadores dos centros de atendimento telefónico da PT aderiram esta terça-feira à paralisação de uma hora. A paralisação desta terça-feira é apenas a primeira de muitas iniciativas que o sindicato pondera organizar também com as restantes operadoras de telecomunicações, como a NOS, a Vodafone e a Cabovisão.

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Foto de Mário Cruz, Lusa.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual António Caetano disse que a ação foi um “bom ensaio” para novos protestos, referindo que a adesão à greve rondou os 50%, tendo em conta a média dos centros de atendimento telefónico de Santo Tirso, Porto, Évora, Beja, Castelo Branco, Coimbra, Lisboa e Setúbal.

Segundo o sindicalista, o objetivo da paralisação era despertar a consciência dos trabalhadores para os despedimentos que estão a ocorrer nas empresas bem como a forma indigna como os trabalhadores são tratados por alguns coordenadores, os objectivos inatingíveis que lhes são impostos e os bancos de horas ilegais. Em cima da mesa estiveram ainda outras reivindicações, como a exigência de salários dignos, o diálogo social, o pagamento de trabalho suplementar e a harmonização salarial.

António Caetano denunciou as pressões exercidas contra os trabalhadores do call center de Setúbal, onde os coordenadores terão afirmado que iam marcar falta injustificada aos trabalhadores que fizessem greve, e de Castelo Branco, onde um coordenador tentado desmobilizar o protesto.

A paralisação desta terça-feira é apenas a primeira de muitas iniciativas que o sindicato pondera organizar também com as restantes operadoras de telecomunicações, como a NOS, a Vodafone e a Cabovisão.

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