Marisa Matias

Marisa Matias

Eurodeputada, dirigente do Bloco de Esquerda, socióloga.

A Administração Trump manteve a aliança com a Arábia Saudita e, ao rasgar o acordo nuclear com o Irão, deu a entender qual seria o principal alvo na região. À beira da eleição presidencial, Trump não teve ainda a “sua guerra”.

Ao afirmar que a Comissão era tão diversa quanto a Europa, von der Leyen tornou invisíveis milhões de europeus e de europeias.

Há tentações que são perigosas para humanidade, uma delas é a de tentar resolver as ameaças existentes por tentar esquecê-las ou por reduzi-las no mapa. Refiro-me neste caso ao ISIS, o auto-proclamado Estado Islâmico.

Alguns chefes de Estado ocupam os outrora tempos mortos com propostas impensáveis e isso não tornou os nossos dias mais divertidos.

O pulmão do planeta arde mais do que nunca, o Presidente [do Brasil] em exercício é responsável por uma política activa de destruição da Amazónia.

É na escola pública que reside um dos maiores garantes para a igualdade. Deturpar estes princípios pela via da introdução de corredores abertos para quem tem mais recursos é a anulação da própria democracia. 

A verdade crua é que, ao não alterar as regras de asilo, toda a União Europeia é cúmplice de Salvini. Salvini agradece que se continue a dar-lhe tanta atenção e os restantes agradecem a nossa falta de exigência humanitária.

A igualdade de género está longe de ser assumida nas lideranças europeias. Mais do que um direito de igualdade total é usada como uma conveniência. Foi esse o caso aquando da decisão do Conselho de nomear Ursula von der Leyen para a Presidência da Comissão.

A indústria farmacêutica e a investigação sobre saúde caminham cada vez mais para a chamada “saúde personalizada”, mas desengane-se quem acha que este caminho é uma resposta para os casos como o da Matilde.

O mandato está a acabar mas a vida segue na Tunísia e parece-me evidente que para as lideranças europeias tanto faz que seja real ou que seja só apenas mais uma vila Potemkin.