Em comunicado, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) anunciou que a busca da Polícia Judiciária (PJ) a casa do jornalista Manso Preto "não foi presidida por um juiz de instrução nem acompanhada pelo presidente do SJ, que deve ser expressamente convocada para o efeito”. Isto "apesar de Manso Preto ter invocado expressamente o segredo profissional", como determina o Estatuto do Jornalista, diz a nota, que não refere o motivo invocado para a busca domiciliária.
O presidente do SJ, Alfredo Maia, dirigiu-se ao local "apenas para prestar auxílio ao jornalista, tendo advertido os elementos da PJ de que estavam a realizar uma diligência ilegal e de que iria ser levantado o incidente de protecção do sigilo profissional", acrescenta o comunicado sindical.
Ainda segundo o Sindicato, os elementos da PJ invocaram "instruções do Ministério Público" e "insistiram em apreender os equipamentos, pelo que foi exigida a selagem dos mesmos, a fim de garantir a sua inviolabilidade até à decisão sobre o referido incidente".
Manso Preto e Alfredo Maia entregaram em seguida requerimentos dirigidos ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto a reclamar a anulação da diligência e a restituição do material apreendido.
