A primeira-ministra britânica Theresa May fez uma declaração para explicar a decisão de adiar a votação do Brexit no parlamento. Nessa declaração, afirma que há “um amplo apoio a muitos dos aspetos chave do negócio” mas que num em particular, a questão da Irlanda do Norte, “permanece uma preocupação profunda e muito difundida.”
Segundo a primeira-ministra, de ambos os lados da fronteira irlandesa ninguém quer o “retorno a uma fronteira dura” e esta Câmara “deve ouvir essas pessoas, porque a nossa União apenas vai persistir com o seu consentimento.”
May referiu ainda que vai levar estas preocupações de novo aos líderes europeus e que não acredita que nenhuma das alternativas, segundo referendo, permanecer na UE sem novo referendo ou saída não negociada, “seja maioritária nesta Câmara”.
Terminou a sua intervenção declarando que “este é o acordo certo para a Grã-Bretanha” porque “dá-nos controlo das nossas fronteiras, do nosso dinheiro e das nossas leis. Protege empregos, segurança e a nossa União.”
Em resposta o líder trabalhista, Jeremy Corbyn escreveu no twitter que “o governo decidiu que o acordo de Brexit de Theresa May é tão desastroso que tomou o passo desesperado de adiar a sua votação na décima primeira hora.”
Corbyn é duro ao classificar este como “o pior de todos os negócios” e ao afirmar que “não temos um governo funcional, os serviços públicos estão num ponto de rutura e as nossas comunidades sofrem de um terrível sub-investimento.”
The Government has decided Theresa May's Brexit deal is so disastrous that it has taken the desperate step of delaying its own vote at the eleventh hour. pic.twitter.com/3aO2QsM4W2
— Jeremy Corbyn (@jeremycorbyn) 10 de dezembro de 2018