Trabalho sexual é trabalho (?)

Publicamos o resumo da comunicação de Alexandra Oliveira, que partiu dos estereótipos sobre a prostituição e as pessoas que se prostituem para chegar a uma visão próxima e subjectiva que devolve a voz aos actores do trabalho sexual

06 de setembro 2012 - 18:26
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Foto de Paulete Matos

O título deste painel, que pondera entre as formas afirmativa e interrogativa, pretende ser o ponto de partida para uma discussão que descentre o debate sobre a prostituição e outros trabalhos sexuais da habitual perspectiva moral e vitimizante para uma abordagem centrada nos direitos humanos e laborais de quem se dedica ao comércio do sexo.



Parto dos estereótipos sobre a prostituição e as pessoas que se prostituem para chegar a uma visão próxima e subjectiva que devolve a voz aos actores do trabalho sexual. Entre os rótulos “puta-imoral” e “puta-vítima” e a designação “trabalhador(a) do sexo” está a diferença entre dizer e ouvir quem faz trabalho sexual; entre condenar, rejeitar ou impor a ajuda e compreender ou capacitar os seus actores; entre pensarmos o lugar-comum da prostituição feminina de rua e reconhecermos a diversidade de contextos, actores e práticas da chamada indústria do sexo.

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