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Portugal perde 2,3 milhões por dia para offshores
O Correio da Manhã refere que, desde 2010, o valor investido em offshores por residentes portugueses estava a diminuir, mediante a aplicação dos vários Regimes Excecionais de Regularização Tributária (RERT), que terminaram em 2012 e deram lugar, em 2013, a um novo regime de regularização de dívidas fiscais destinadas a todos os contribuintes.
No ano passado deu-se, contudo, uma inversão desta tendência, com a saída do país de mais de 2,3 milhões de euros por dia.
Em declarações ao CM, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, garantiu que as competências da Unidade de Grandes Contribuintes da Autoridade Tributária serão reforçadas, bem como o reporte obrigatório dos grupos multinacionais será alvo de uma fiscalização mais apertada.
244 empresas portuguesas envolvidas em escândalo de corrupção mundial
O Irish Times, associado do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, divulgou, entretanto, um mapa que revela que, nos documentos revelados no escândalo mundial "Panama papers", constam 244 empresas com sede em Portugal.
O jornal irlandês assinala ainda que a Mossack Fonseca tem, ou teve ao longo dos anos, 23 clientes com morada em Portugal. Segundo o Irish Times, entre os papeis em análise encontram-se 34 "beneficiários" de offshores e referências a 255 "acionistas" ligados de alguma forma a Portugal.
Grupo dono da PT Portugal recorreu a serviços de offshore
Segundo noticia o Expresso online, o fundo Altice, que comprou a Cabovisão e a PT Portugal – dona da Meo –, recorreu a serviços de uma sociedade offshore do Panamá entre 2008 e 2010.
O grupo, franco-israelita, detido pelo empresário Patrick Drahi, já veio reagir à notícia que está a ser veiculada por vários jornais internacionais, confirmando que teve uma relação com esta sociedade financeira panamiana. O Altice avança, contudo, que estiveram em causa “operações acessórias por razões de estrita confidencialidade e em condições perfeitamente legais, sem qualquer incidência fiscal".
Em setembro de 2015, o presidente deste fundo afirmou: “Eu não gosto de pagar salários. Pago o mínimo que puder”. Três meses antes, o grupo enviou cartas a fornecedores propondo cortes de 30%.
Saiba mais sobre os “Panama Papers”
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